quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Metodologias e abordagens

ESTRATÉGIAS DE APRENDIZADO
Ao ler o que Rubens Queiroz de Almeida (sou fã dele ) escreveu abaixo , tenho a certeza de que tenho feito meu papel de educadora muito bem . Sempre me preocupando com a forma de cada um em aprender e também em oferecer ao aluno o que eu sei que ele pode ou consegue fazer . Não existe a melhor ou pior metodologia , como vocês podem ler abaixo e eu afirmo também , não esqueçam de olhar para dentro de você ...© Rubens Queiroz de AlmeidaQuando eu estava aprendendo a digitar, aconteceu uma coisa muito estranha. De uma hora para a outra eu comecei a mentalizar, sempre que via ou pensava em algo, os movimentos dos meus dedos para digitar os meus pensamentos. Isto durou por volta de três meses. No começo até que era engraçado. Eu via um outdoor na rua e meus dedos já se moviam para digitar o texto do cartaz. E assim se dava com tudo. Depois de algum tempo ficou insuportável e eu não conseguia controlar conscientemente este processo. Pensei que ia ficar louco. Surpreendentemente, da mesma forma que esta mania apareceu, ela foi embora. O resultado foi que me tornei um datilógrafo extremamente ágil, capaz de digitar com uma velocidade fora do comum.Outra coisa interessante que aconteceu comigo, desta vez no aprendizado da língua inglesa, foi minha paixão pelas histórias do Charlie Brown e sua turma. Eu me lembro quando tinha seis anos de idade (eu ainda não sabia ler) e estava em um supermercado. Eu vi algumas revistinhas do Snoopy e fiquei maravilhado. Pedi ao meu pai para comprar algumas para mim, mas como criança pede tudo, meu pai seguiu em frente e não me deu as revistas. Mas eu nunca me esqueci delas.Muito mais tarde, quando eu já tinha dezoito anos, eu encontrei umas cinco revistas do Snoopy na rodoviária de São Paulo. Estas cinco revistas foram o meu tesouro. Todos os dias, antes de dormir, eu lia todas as cinco. Em pouco tempo sabia todos os diálogos de cor, as figuras, as situações. Era um prazer constante. As revistas eram todas em português.Alguns anos mais para a frente, já no meu primeiro emprego como engenheiro, eu encontrei em uma livraria do aeroporto do Rio de Janeiro, diversas revistas da turma do Charlie Brown, em inglês. Mal pude acreditar. Comprei quantas revistas pude e comecei com a minha rotina, de ler e reler as histórias. A princípio, não entendia muito dos diálogos, mas com a ajuda das gravuras e da constante releitura, fui construindo os significados e memorizando todas as conversas. Nunca usei o dicionário para descobrir o significado de alguma palavra. Ler com um dicionário do lado é a minha idéia de tortura mental. A memorização se deu pela constante releitura, não por um interesse meu em decorar tudo, algo que sempre detestei.Pois então, esta maneira pouco usual de aprender um idioma me ajudou enormemente. Quando tinha a oportunidade de conversar ou escrever em inglês dali para a frente, vinham à minha mente trechos inteiros de conversas dos meus livros do Snoopy, que eu então tinha apenas o trabalho de alterar aqui e ali para inseri-los em uma conversa ou texto. Meu discurso em inglês ficou muito elegante, pois os diálogos da turma do Charlie Brown são muito inteligentes e bem escritos.Mas por qual razão estou contando tudo isto? Certamente não é minha intenção abrir uma escola de datilografia ou de idiomas, onde em um caso ensino a datilografia mental e em outro obrigo os estudantes a ler centenas de vezes o mesmo material. De forma alguma. O meu objetivo é ilustrar duas situações de aprendizado extremamente bem sucedidas, para mim apenas, é claro. Ninguém me disse que eu deveria aprender estas duas habilidades deste jeito. Na verdade eu nem sei porque eu fiz desta forma. No caso da datilografia é um completo mistério para mim a razão pela qual eu comecei a imaginar na minha máquina de escrever mental tudo o que via ou lia. No caso do inglês o que é bem concreto é minha enorme admiração (obsessão?) pelas historinhas da turma do Charlie Brown. Aprender o inglês foi apenas um efeito colateral, uma consequência (ainda bem).De qualquer maneira, não podemos deixar de chamar estas duas abordagens de estratégias de aprendizado. Talvez só funcionem para mim, mas não deixam de ser estratégias. Eu não sabia, na época, que o que eu fazia era uma forma de aprender. A estratégia de digitação, na verdade, até me irritava bastante.Eu quero chamar a atenção para um fato bastante comum. Não valorizamos, na maior parte dos casos, as nossas próprias estratégias de aprendizado. É certo que existem muitas metodologias interessantes e válidas que, como tudo na vida, funcionam para alguns e não funcionam para outros. Com quem a metodologia funciona está ótimo, para quem dá errado o problema não é no método em particular e sim com o aluno, que é uma aberração ou um desvio que merece "cuidados" especiais. O pior é que acreditamos nisto. Estratégias individuais, como os dois exemplos que citei, são frequentemente condenadas e rotuladas como danosas.Um hábito que adquiri, é sempre que posso, perguntar quais estratégias de estudo as pessoas que encontro adotam. As respostas são as mais variadas e refletem, antes de tudo, as particularidades de cada um.Não acho que valha a pena descrever com detalhes estas estratégias, pois o meu objetivo com este artigo não é iniciar mais uma seita de aprendizado. O que desejo é apenas alertar para o fato de que qualquer estratégia de aprendizado só irá funcionar se estiver de acordo com a nossa natureza e nos der prazer. Existem muitos livros que nos ensinam diversas estratégias interessantes. Mas lembre-se bem, uma estratégia só é boa se serve para você. Se não servir, procure outra ou então valorize as que você mesmo desenvolveu.Sinta-se a vontade para escolher, dentre as várias metodologias de ensino existentes hoje em dia, aquela que melhor lhe convier. Mas não se esqueça nunca de olhar para dentro de você mesmo e valorizar aquilo que o seu próprio subconsciente lhe diz. Se você é um educador, respeite a individualidade de seus alunos, pois certamente, dentro de cada um deles, existem tesouros inestimáveis.Uma recomendação, não deixem de ler a história Era uma Vez. De uma certa forma, esta história fala quase que a mesma coisa que este artigo.

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A MELHOR ESCOLA DE INGLÊS DO BRASIL ?


Falar sobre isto é o mesmo que arrumar confusão! Mas como recebo perguntas de todos os lados do Brasil querendo saber qual a melhor escola de idiomas do país na minha opinião, aí vão minhas palavras.Já passei por várias escolas! Fui professor, coordenador e até gerente administrativo. Conheço por dentro algumas destas grandes franquias. Confesso que elas têm pontos fortes e fracos. Agora como estudioso em abordagens e metodologias, teacher-trainer e pesquisador em aquisição/ensino da língua inglesa tenho minhas visões. Garanto a vocês que há escolas por aí que são realmente hilárias. As discrepâncias entre os estudos lingüísticos sérios e a maquiagem marketeira feita apenas para ganhar alunos são imensas. Aliás tem grupos por aí que são donos de até seis marcas diferentes de escolas de idiomas. Pergunto: qual o objetivo central de pessoas assim? Oferecer um ensino de inglês com qualidade e baseado em uma abordagem sólida? Ou ganhar rios de dinheiro com a falta de conhecimento do público em geral?Claro que as escolas se defendem. É comum ouvir frases como: "nossa equipe de professores é de excelente qualidade" (Quem foi lá medir esta qualidade? O que é qualidade?), "nosso material é desenvolvido de acordo com o que há de mais moderno em estudos da língua inglesa" (O que é este mais moderno? Como chegaram nesta modernidade toda?), "nossos professores recebem treinamentos periodicamente" (Que tipo de treinamento? Geralmente são aulas de inglês!) e ainda outros chavões que encantam e enfeitiçam o cliente.Mas, enfim, na minha opinião (Denilso falando!), qual será a melhor escola de idiomas do país?Escrevi um artigo aqui no blog dando
dicas de como avaliar um curso de idiomas. Naquele artigo você já consegue identificar algumas das minhas idéias com relação ao assunto. Porém, vou aqui compartilhar com vocês quatro pontos que para mim devem fazer parte do que uma excelente escola de idiomas deve oferecer.1) Desenvolvimento/Qualificação profissional dos professores - Não me refiro aqui ao treinamento básico da escola, mas sim à uma qualificação mais profissional. Oferecer aos professores cursos sobre o que há de mais atual em estudos Lingüísticos: aquisição/ensino de vocabulário, lingüística de corpus, o cérebro e a aquisição da linguagem, como lidar com as dificuldades dos alunos, desenvolvimento da língua inglesa nos dias atuais, diferenças gramaticais do inglês falado para o escrito, etc. Uma escola excelente deve ter uma equipe bem formada, que conheça a política educacional da escola e entenda a mecânica do método aplicado na escola e também os outros métodos.2) O Método - Este assunto é complicado! Afinal, tem tantos métodos e abordagens de ensino. No Brasil o mais comum é a Abordagem Comunicativa. Porém, a forma como ela é trabalhada aqui no Brasil se distanciou e muito da proposta original de seus idealizadores. Há escolas por aí que dizem usar este método e não fazem a menor idéia de quem a propôs e detalhou. Outra usada por aqui é Programação Neurolingüística! Os camaradas que inventaram esta tal de PNL, a fizeram com a intenção de dar às pessoas mais ânimo para a vida, tem uma melhor atitude diante dos desafios da vida, superar os medos e temores, ganhar auto-estima, etc! Já nas escolas que usam a PNL, o que geralmente fazem é dar uma série de sentenças e palavras para os alunos decorarem e deixam por isto mesmo! Muitas vezes tudo fora de contexto e meio sem lógica! Há ainda o Método Áudio-Visual com seus mais de 60 anos! De áudio-visual todo método tem um pouco! Dizer que depende apenas disto para definir a política de ensino da escola é trágico! É necessário o implemento, aquele algo a mais! Por fim, uma abordagem que vêm ganhando espaço no mundo (e que eu amo) é a Abordagem Lexical. Cuidado! Algumas escolas no Brasil dizem usar esta abordagem, porém o material deles é totalmente avesso ao que os estudiosos desta abordagem propõem; mais avesso ainda é a conduta dos professores em sala de aula, que não entendem muito bem o que realmente é a tal Abordagem Lexical e acabam se distanciando dos princípios que a norteiam.3) Material bem elaborado - Não falo de desenhos coloridos, gente famosa, papel de primeira qualidade e todos aquelas coisas que enchem os olhos do cliente! Refiro-me a material que inclua a língua do dia-a-dia, dê exemplos reais de uso das estruturas gramaticais, palavras/expressões mais freqüentes, material de áudio adequado ao nível de cada aluno, etc. O material deve refletir sempre aquilo que a escola acredita ser ideal para o ensino! O material deve refletir o método da escola!4) Interessada na formação de alunos autônomos - Uma excelente escola deve prezar acima de tudo na formação de seu aluno. Não é enfiar conteúdo na cabeça do aluno e achar que está fazendo um ótimo serviço. Não adianta decorar 10.000 palavras em um mês e mais um monte de regras gramaticais e achar que seu aluno fala inglês! Uma ótima escola de idiomas deve ajudar seus alunos a utilizarem as inúmeras ferramentas disponíveis para que ele saiba aprender inglês por conta própria. Tem curso de inglês por aí que dura 08 anos ou mais! Os alunos quando terminam o curso dizem "Graças a Deus meu inglês acabou!". A verdade é que o inglês desta pessoa ainda nem começou! A escola tem de deixar o aluno ciente de que inglês é uma língua viva, que muda ao longo do tempo, que insere coisas novas e descarta as inúteis. Assim, o aluno deve estar preparado para saber lidar com isto, aprender a identificar coisas novas, ser capaz de observar-raciocinar-arriscar-usar o que há de novo! Para isto não é preciso mais do que 2,5 ou 3 anos. Passou disto! Desconfie! Estão te enrolando!É isto! Questione e exija o que há de melhor para você! Afinal, é seus tempo e seu dinheiro que estão sendo empenhados no seu aprendizado! Lebre-se também que a melhor escola é aquela na qual você melhor se adapta! Porém, ela nunca será boa o suficiente se você não fizer a sua parte!Caso alguém ainda queira saber a minha opinião sobre assuntos relacionados a este e só dar continuidade na área de comentários! Será um prazer continuar falando a respeito!

Léxico Mental: o que é?
Léxico Mental é algo que nos permite entender como o cérebro armazena as palavras que aprendemos em nossa própria língua. Para isto veja a atividade abaixo! Você encontrará nela algumas sentenças com espaços em branco, sua tarefa será a de completar os espaços com a primeira palavra que lhe vir à cabeça; desde que faça sentido na sentença. Papel e caneta na mão, vamos lá:

01. O presidente disse que todas as acusações não passam de intriga da ....................
02. Como o produto estava danificado, eu o devolvi e pedi o meu dinheiro de ...................
03. Eu acho que vale a .................. fazer um curso no exterior.
04. Se ela acha que vou ajudar, ela está redondamente ....................
05. Depois de muitos e muitos anos, um terrível segredo de família acabou .................... à tona.
Veja que com o contexto certo, o seu cérebro foi capaz de “puxar” a palavra que está faltando. As repostas mais freqüentes e esperadas são oposição, volta, pena, enganado e vindo, respectivamente.Se alguém mudar as palavras nestas sentenças causará um efeito de humor. Ou seja, nós entenderemos o que a pessoa quis dizer, embora compreendamos automaticamente que algo está “estranho”. Como exemplo disto cito o fato de o Presidente Lula ter dito, algum tempo atrás, que algumas acusações ao seu governo não passavam de “
futrica da oposição”. O simples fato de ele ter trocado a palavra “intriga” por “futrica” causou certos comentários sarcásticos, e bem humorados por parte da imprensa brasileira e de alguns críticos do governo.Isto ocorre por que nosso Léxico Mental está em ação o tempo todo. Ou seja, o nosso cérebro possui um repositório – uma espécie de arquivo mental – que guarda estas expressões – conhecidas como Itens Lexicais (Lexical Items). Quando alguém a usa de modo diferente ou com outra palavra a reação é estranha e engraçada.Isto ocorre porque de acordo com os neurolingüistas cerca de 75% a 80% do vocabulário (léxico) armazenado em nossa mente – ou seja, em nosso Léxico Mental – está organizado como expressões prontas, sentenças completas, frases fixas e semi-fixas. O restante (menos de 25%) é ocupado por palavras isoladas. É por esta razão que somos capazes de fazer a atividade acima sem maiores dificuldades. Experimente dar esta atividade a um estrangeiro que tenha algum conhecimento de língua portuguesa e veja como ele ou ela se sai.Em resumo, seu Léxico Mental é uma parte do seu cérebro que armazena palavras isoladas, expressões prontas, frases fixas e semi-fixas, que usamos com maior freqüência em nossa língua. É graças ao seu Léxico Mental que você pode compreender o texto abaixo, embora estejam faltando algumas palavras:
“É totalmente desnecessário ___________ que todos nós precisamos evitar a poluição dos mananciais; devemos também economizar a ___________ tratada. Deixar a torneira ___________ enquanto escovamos os ___________ nos coloca na lista dos responsáveis. Atitudes de respeito e preservação do meio ___________, em particular o uso racional da água, podem ser desenvolvidas em atividades em sala de ___________. Podemos contribuir de várias formas para a preservação da água, elemento essencial à vida na ___________”
Escreva as palavras que estão faltando no texto acima e vamos ver como anda seu Léxico Mental ! Você poderá se surpreender! Caso conheça algum estrangeiro que esteja no Brasil já há algum tempo, teste-o e veja o resultado!

Léxico Mental no Ensino da Língua Inglesa
Conforme você já deve ter visto, Léxico Mental trata-se de uma área no nosso cérebro que age como um arquivo de expressões prontas, frases fixas e semi-fixas, combinações de palavras (Lexical Items, em geral). Este arquivo reconhece automaticamente que palavra ou expressão precisamos ao falarmos com alguém, ao ouvirmos alguém, ao escrevermos ou lermos um texto.Foram estas observações no campo da Neurolingüística que contribuíram para a postulação do conjunto de conceitos, teorias e princípios que levaram ao Lexical Approach (Abordagem Lexical).Compreender que nosso cérebro não aprende uma língua a partir de suas estruturas gramaticais e muito menos através dos termos usados para descrever estas estruturas – Metalingüística – contribui enormemente para darmos muito mais ênfase ao Léxico da língua que ensinamos ou aprendemos.De forma mais clara podemos afirmar que ao nos comunicarmos em nossa própria língua não pensamos nas regras gramaticais e nem mesmo nos termos técnicos da gramática. Ou seja, como falantes de português brasileiro nós não nos preocupamos com termos como “passado perfeito”, “passado imperfeito”, “passado mais que perfeito”, “voz ativa”, “voz passiva” e toda aquela gramatiquice que vemos na escola. Nós simplesmente falamos a língua e ponto final.Através destas observações conclui-se que o segredo para adquirir fluência em uma língua está na quantidade de Lexical Items que temos armazenado no nosso Léxico Mental. Fluência nada tem a ver com o conhecimento das regras gramaticais e muito menos com a memorização do conteúdo dos livros de Gramática Normativa tão freqüente nos cursos de língua inglesa. E muito menos ainda com a “decoreba” de listas e mais listas de palavras isoladas ou de verbos irregulares ou de sabe se lá mais o quê.São estas duas pequenas observações lingüísticas – Lexical Items e Léxico Mental – que contribuem e muito para a formação do Lexical Approach. Entendê-las ajuda e muito na compreensão de como adquirimos uma segunda língua e com podemos melhor ensinar línguas estrangeira.

"Words in the Mind, Words in the Brain", que conta com a colaboração de 42 Psicólogos, Lingüistas e Neurolingüistas de 20 países. O projeto tem como objetivo atingir uma compreensão abrangente de como as palavras são acessadas e processadas no cérebro ou mente. Para saber mais visite o site do projeto.
by Denilso de Lima às
01:50

Lexical Items (Itens Lexicais) - Parte I
Um dos pontos centrais dentro do
Lexical Approach é a compreensão do que é Léxico. A partir daí chega-se aos Lexical Items (Itens Lexicais). Isto porque no Lexical Approach o vocabulário de uma língua estrangeira não é visto como um amontoado de palavras isoladas e, na maioria das vezes, desorganizadas. Vocabulário no Lexical Approach é algo organizado e passível de ser incluído em categorias diferentes.Logo, quando o termo Léxico é usado por teóricos do Lexical Approach a referência se faz não apenas a palavras isoladas mas também a combinações de palavras que estão armazenadas no nosso Léxico Mental, ou seja, os Lexical Items. (Esta é a primeira parte de uma série de 03 posts: Parte II e Parte III)
Desta forma os principais Lexical Items são:
ISOLATED WORDS – simples palavras que podem ser adquiridas no dia-a-dia e são as que mais recebem grande ênfase no ensino/aprendizado de idiomas. São exemplos desta categoria palavras como table, book, pen, pencil, computer, magazine, hand, day, look, office, post, etc.
POLI-WORDS – palavras usadas em combinações fixas (impossível de ser alteradas) com outras palavras, geralmente são compostas por preposições ou outras palavras sem muito valor semântico. Como exemplo temos: by the way, upside down, up to now, from now on, on the other hand, put up with, look forward to, the day after tomorrow, all at once. Note que só é possível compreender todas estas expressões quando vistas em grupo e não isoladamente. Veja também que phrasal verbs são excelentes exemplos de poli-words.
INSTITUTIONALIZED SENTENCES – estas são sentenças que “caíram nas graças do povo” e são usadas como que instantaneamente e sem alterações pelos falantes nativos de uma língua. Expressões como “eu acho que sim”, “só um momento”, “de jeito nenhum”, “mas nem sonhando”, “sinto muito” e “ainda não” são excelentes exemplos de sentenças institucionalizadas em nossa língua portuguesa. Ao se adquirir expressões como estas em uma segunda língua o aprendiz se sentirá muito mais à vontade em determinadas situações. Em inglês podemos ter como exemplos I’ll get it; I’m sorry; that’ll do; I don’t think so; I hope so; just a moment, please; not yet; certainly not.

Lexical Items (Itens Lexicais) - Parte II
Esta é a segunda parte de uma série de 03 artigos.


COMPLETE SENTENCES – são expressões com um significado prontamente identificável por quem as ouve e que podem ser fixas (nenhuma alteração possível) ou semi-fixas (passíveis de pequenas alterações) na língua. Em inglês podem ser dadas como exemplos as expressões “what do you mean?”, “I don’t see your point”, “who the hell do you think you are?”, “how old are you?”, “what’s your name?”, “where do you come from?”.
SKELETON SENTENCES – são estruturas que se mantém relativamente fixas e que são alteradas apenas em uma parte ou outra. A sentença: “não é tão (...) o quanto parece” é um exemplo típico de sentença-esqueleto. Observe que na parte entre parênteses podemos colocar qualquer palavra que quisermos, desde que seja um adjetivo. Desta forma podemos completar a estrutura com termos como bonita, elegante, grande, difícil, esperto, feia, horroroso, etc. Se os aprendizes de língua estrangeira adquirem e fazem uso de estruturas como estas lexicalmente, eles terão uma desenvoltura muito maior com a língua ao invés de aprendê-las como estruturas gramaticais. Exemplos de sentenças-esqueleto em ingles são: that is not as … as you think; sorry to interrupt, but can I just say…; that’s all very well, but…; I see what you mean, but I wonder if it wouldn’t be better to…; If I were you, I would…
TEXT STRUCTURES – estruturas lexicais fixas e que fazem parte da elaboração de textos, sejam eles formais ou informais. Vale lembrar que textos formais apresentam estruturas muito mais fixas do que textos informais. Estruturas de textos aqui nada tem a ver com gêneros textuais. Na língua portuguesa pode-se dar como exemplos as estruturas “venho por meio desta...”, “sem mais para o momento...”, “neste artigo será analisado/investigado/discutido/etc...”. Em inglês expressões como in this paper we explore…; firstly…; secondly…; finally…; on this basis, it can be concluded that…; for example, X argued that… são exemplos típicos desta categoria lexical. Alunos dos chamados cursos de “inglês instrumental” teriam muita mais facilidades em compreender/produzir textos se no curso este tipo de categoria fosse trabalhado com mais freqüência; junto, claro, com os termos técnicos característicos da área de formação.

Uma outra categoria extremamente importante é a denominada como Collocations. Ela encontra-se na Parte III desta série de artigos sobre Lexical Items.

Lexical Items (Itens Lexicais) - Parte III
Na terceira e última parte de nossa série sobre Lexical Items (Parte I e Parte II) vamos falar rapidamente sobre Collocations. Assunto que já abordei em dois artigos no meu outro blog, que é voltado mais para alunos:
Collocation: você já ouviu falar? e Por que aprender collocations é importante?
Collocations (também conhecidos como word combinations - combinações de palavras) – refere-se às combinações de palavras freqüentemente usadas e conhecidas pelos falantes de uma língua.Em português, temos como exemplos as seguintes combinações:
redondamente enganado
efeito colateral
fornecer ajuda humanitária
usar um computador
enviar um e-mail

As Collocations em uma língua são simplesmente infindáveis; porém, uma palavra tem um número limitado de combinações.Veja que não dizemos em português algo como "redondamente linda", "efeito lateral", "defeito colateral", "comer um e-mail". Combinações assim podem até ser possíveis para fins poéticos ou para causar risos em quem houve.Os exemplos de Collocations na língua inglesa também são inúmeros e em sala de aula os professores são incentivados a ensinar aos alunos as combinações mais comuns. Os alunos, por sua vez, são estimulados a aprender/adquirir combinações de palavras ao ler um texto de forma natural e espontânea. Alguns exemplos em inglês são:
have lunch
have dinner
have breakfast
carry out a research
go home
provide help
outside chance


Muitas vezes um Collocation não pode ser traduzido ao pé da letra de uma língua para outra. É o caso de "outside chance" acima, que em português seu equivalente é "chance remota".Recentemente em uma de minhas aulas, deparei-me com a combinação "stretch the truth". Fiquei sem saber o que aquilo significava! Literalmente, seria "esticar a verdade". No entanto, como já aprendi que não se deve encarar tudo de forma literal, resolvi descobrir do que se tratava tal Collocation com a palavra "truth". Não demorou muito para entender que "stretch the truth" significa "distorcer a verdade". Isto prova que nós professores temos de estar preparados e atentos a este tipo de Lexical Item a todo o tempo!Encerramos aqui, por ora, nossa série de três artigos sobre Lexical Items. Espero que tenha sido útil para você Teacher e tenha ajudado a compreender um pouco mais sobre o que é Léxico no Lexical Approach.

The Lexical Approach (A Abordagem Lexical)
Michael Lewis ao ter publicado The Lexical Approach: the state of ELT and a way forward (LTP, 1993) não apenas cunhou o termo Lexical Approach (Abordagem Lexical), mas também "colocou em xeque" uma das mais sólidas bases do ensino de língua estrangeira: a Gramática.Em toda a sua obra permeia a idéia de que “a língua consiste de léxico gramaticalizado, não de gramática lexicalizada”. Ou seja, Lewis afirma nesta simples sentença que a base de uma língua é o seu Léxico (mais simplesmente, seu vocabulário) e não a sua estrutra gramatical. Em outras palavras, ele declara que um dos maiores “erros” no ensino de uma língua estrangeira é ter como verdade absoluta o fato de que adquirir conhecimento gramatical (explícito - metalinguagem e estruturas) em conjunto com algumas palavras isoladas seja o suficiente para uma efetiva comunicação e aquisição de fluência da língua alvo.Vale dizer ainda que o nome Lexical Approach mostra que trata-se de uma abordagem e não de um método. Entender a distinção entre método e abordagem é essencial aqui; pois, ao contrário do que pensam muitos, Lexical Approach não foi concebido para tomar o lugar das demais abordagens existentes. Lexical Approach quando bem compreendido e inserido em um curso de idiomas simplesmente auxilia as demais. Oferece ao professor maiores possibilidade de ensinar determinado assunto. Tornando a aquisição do Léxico (vocabulário) algo mais dinâmico, prático e significativo tanto para o aluno quanto para o professor. Conseqüentemente, haverá uma guinada na forma como o aprendiz adquire e usa a língua.Cumpre observar que através do Lexical Approach é proposta a idéia de que a proficiência em uma língua estrangeira é adquirida e desenvolvida mais rapidamente ao se dar total ênfase no ensino e aprendizado de palavras e combinações de palavras, ou mais precisamente, nos Lexical Items (Itens Lexicais).Para se compreender bem o Lexical Approach é extremamente necessário saber, antes, o que é Gramática e o que é Léxico. Além disto é fundamental deixar de lado toda a tradição gramatical (ou gramatiqueira) que nos é passada pelas faculdades, pelos cursos de inglês, pelos treinamentos, ou seja, pelo sistema “gramatiqueiro” como um todo.O Lexical Approach pode revolucionar o modo como você encara o vocabulário de uma língua. Melhor compreender o que é vocabulário é o ponto central da compreensão do Lexical Approach

Método ou Abordagem: qual a diferença? - Parte I
Uma das maiores confusões existentes no Brasil com respeito ao ensino de idiomas é a da dicotomia “método x abordagem”. Para muitos as duas significam a mesma coisa. Ou seja, não há distinção entre uma e outra; a diferença estaria assim apenas no nome. Diversamente desta concepção, há sim diferença entre método e abordagem. Nesta primeira parte vamos ver, rapidamente, claro o que é Approach e em um segundo post vamos analisar Method.Approach (Abordagem)De acordo com Richard & Rogers [Approaches and Methods in Language Teaching, 1986:16], approach refere-se às “teorias sobre a natureza da lingual e do aprendizado da lingual que servem de fonte para as práticas e princípios no ensino de idiomas.” Michael Lewis [The Lexical Approach, 1993:2], por sua vez, resume “abordagem” de modo bem mais prático: “...abordagem é o porquê.”De modo geral, quando nos referimos a uma abordagem estamos falando sobre por que isto ou aquilo é mais importante. Assim temos que na Comunicative Approach, a mais conhecida no Brasil, todos os seus métodos, procedimentos e princípios, o papel e a atitude do professor e dos alunos, bem como uma outra série de características estão voltados para enfatizar o aspecto comunicativo da língua. Nesta abordagem preza-se por atividades comunicativas, simplesmente porque ela estabelece que a comunicação é a parte central do aprendizado e uso de um idioma.Diante disto podemos falar ainda de grammar-based approaches, isto é, abordagens que vêem na gramática o ponto central da língua. Podemos ter ainda os genre-based approaches, abordagens que primam mais pela aquisição dos vários gêneros lingüísticos. Podemos falar também dos lexical-based approaches, aquelas abordagens que encaram o léxico da língua como sua espinha dorsal. Lembre-se que cada uma destas abordagens responde à pergunta “por quê?”.Indo um pouquinho mais além pode ser acrescentado aqui que abordagem descreve como as pessoas adquirem conhecimento acerca da língua e, a partir destas observações, declara as condições que promoverão um aprendizado satisfatório. Respondendo ao por quê de ser de uma forma e não de outra.caso ainda não tenha ficado muito claro o que seja Approach, convido você a ler a segunda parte deste assunto aqui. Depois compare uma coisa com a outra e procure notar como a diferença existe e é fundamental na nossa Profissão.
by Denilso de Lima

Método ou Abordagem: qual a diferença? - Parte II
Method (Método)
Jeremy Harmer, no livro The Practice of English Language Teaching [2001:78], afirma que “método é o que nos permiti colocar a abordagem na prática [...]. Métodos incluem vários procedimentos e técnicas como parte de seu corpo padrão”. Michael Lewis [op cit] resume o método à pergunta “como?”Após identificar por que dar mais atenção ao lado comunicativo da língua, tem de se entender como pôr isto na prática. Quais são meios que farão com que o professor ensine eficazmente aos seus alunos? Qual a melhor maneira para que os alunos aprendam? Como fazer para que aquilo que eu considero importante seja aprendido e retido pelos aprendizes da língua?Identificado o como, chegamos então aos procedimentos e técnicas. Sendo que procedimento é a seqüência a ser seguida para apresentar o conteúdo aos alunos. Procedimento pode ser resumido em termos de “primeiro você faz isto; então, você faz aquilo; depois faz isso; finalmente, aquilo”. Técnica, por sua vez, é o que você usa para ensinar algo aos alunos: escrever no quadro e pedir para todos repetirem em voz alta, apresentar um vídeo sem que eles escutem o áudio, mostrar nos dedos o que acontecem na forma contrata, pedir que leiam um texto em voz alta, grifem expressões novas em um texto, etc.

Método ou Abordagem: qual a diferença? - Conclusão
Erro comumConforme dito acima, hoje no Brasil o mais conhecido entre todos os ditos “métodos” é a Communicative Approach. A grande maioria das franquias de curso de língua inglesa faz se valer dela em aulas, confecção de materiais, treinamento de professores, etc.Cumpre notarmos, porém, que Communicative Approach não é método, mas sim abordagem. Ela, em poucas palavras, prima o fato de que algumas funções lingüísticas são mais importantes do que apenas a gramática e o voabulário. Estas funções lingüísticas são, portanto, o ponto de sustentação desta abordagem.Não quer isto dizer que as escolas que fazem uso da Communicative Approach não tenham um método. Sim, há um método e ele é conhecido como PPP – Present, Practice, Produce. É através deste método – às vezes também chamado de procedimento – que uma aula ocorre.


Conclusão
Curiosamente, ao fazermos a seguinte pergunta em uma escola de línguas “qual é o método de ensino de vocês?” a resposta é quase que automática: “nosso método é a abordagem comunicativa”.Observe aí que não deixaram bem claro a quem responde a diferença entre método e abordagem. Isto gera então outra pergunta: será que os professores sabem qual é o método da escola na qual trabalham? E o que sabem eles sobre a abordagem?Escolas de idiomas no Brasil são várias. Na maioria das vezes a diferença está no nome, no material utilizado, na tradição de cada uma, na estratégia de marketing, etc; todavia, o método e a abordagem geralmente são o mesmo, mudando muito pouco de uma escola para outra. Em suma, a maioria faz-se valer do PPP como método e da Communicative Approach como abordagem.
01. Você sabe dizer qual o método e a abordagem utilizados na escola em que você leciona?
02. Sabe resumir em poucas palavras cada um deles?
03. Quais os procedimentos usados durante uma aula para ensinar algo aos alunos?
04. Que técnicas você usa para facilitar no aprendizado de seus alunos?
by Denilso de Lima às
21:55

Implementing the Lexical Approach: Putting Theory into Practice
When Michael Lewis' (1993) book entitled The Lexical Approach was published, it focused upon a cluster of problems, ELT today, and a solution, the Lexical Approach. Geoff Hall, a lecturer at University of Wales College of Cardiff, wrote a review (Hall, 1994) of the book in which he acclaimed its ambitious scope and the plea it put forward for a new centrality of lexis. In particular, lexical phrases were seen as a productive resource for learners, aiding in the production, comprehension, and necessary analytical reflection on the forms and meanings of the target language. Lexical fields represent knowledge in a language, but there is much more to vocabulary than simple lists of words, nouns or verbs.
The Lexical Approach can be summarized in a few words: language consists not of traditional grammar and vocabulary but often of multi-word prefabricated chunks. Teachers using the Lexical Approach will not analyse the target language in the classroom, but will be more inclined to concentrate learners' attention upon these chunks. This new approach is understood as a serious attempt at revaluation for the individual teacher and the profession as it develops many of the fundamental principles advanced by proponents of Communicative Approaches. The most important difference is the increased understanding of the nature of lexis in naturally occurring language, and its potential contribution to language pedagogy. Language teaching claims to be a profession. If it is, its practitioners cannot simply rely on recipes and techniques; they also need an explicit theoretical basis for their classroom procedures. According to Lewis, too few language teachers exhibit the kind of intellectual curiosity and readiness to change that is normally associated with professional status. It is disappointing that so few teachers are anxious to inform themselves and their learners about recent changes in linguistics and methodology; it is even more disappointing that many teachers are hostile to anything which challenges the central role of grammatical explanation, grammatical practice and correction, all ideas which the Lexical Approach demotes or discards. The hesitating or even actively negative position of teachers can be explained (but not shared or understood) by summarizing the guiding principles of the


Lexical Approach:
The grammar/vocabulary dichotomy is invalid.
Collocation is used as an organizing principle. [-1-]
Successful language is a wider concept than accurate language.
The Observe-Hypothesise-Experiment cycle replaces the Present-Practise-Produce Paradigm.
Most importantly, language consists of grammaticalised lexis--not lexicalised grammar.
In considering questions of such a practical nature, examples should be quite helpful. No better example exists than one where implementation efforts have been successful in changing the way students learn languages. Implementing the Lexical Approach in classes does not mean a radical upheaval, likely to upset colleagues, parents or learners. On the contrary, if introduced with thought and sensitivity, its introduction will be almost invisible, involving perhaps 20 or even 50 small changes in every lesson, each in itself unremarkable, but the cumulative effect will be more effective teaching and more efficient learning. This is exactly the primary concern of this book, based on the reactions of many teachers to the Lexical Approach, thus contributing to the continuing debate.
A creditable feature of the book, with its eleven chapters, glossary, and bibliography, is the amount of space that Lewis devotes to practical exemplifications of his ideas, to the evaluation of existing materials, and to classroom reports written by teachers who have exploited the Lexical Approach in different ways depending on their own areas of interest or expertise and their learners' level, needs and interests. I particularly appreciated those sections of the book depicting activities which are fully consistent with the approach or which have modified it. I found particularly convincing the way in which the teachers were happy with the new activities and the improvements in their learners' performance. Six colleagues have modified their teaching, which they report as being in some way more successful than their previous practice:


1. Cherry Gough describes a way of introducing collocation to a class.
2. Ron Martinez describes an activity based on the delexicalised verb get.
3. Mark Powell describes sound scripting, which integrates lexis and phonology. 4. Jonathan Marks reviews the whole area of pronunciation. 5. George Woolard describes imaginative, literature- based group writing activities. 6. Heinz Ribisch describes how he has extended his learners' notebooks.

The book thus gives support to teachers who believe in humanistic values and in inspired innovative reform in classrooms. I believe, as does Lewis, that the lexical view of language impacts on almost every aspect of current practice, sometimes in potentially disturbing ways.
Teachers will undoubtedly like the idea that communication of meaning is placed at the heart of language and language learning, [-2-] but equally dislike its consequence: emphasizing lexis necessarily reduces the role of grammar.
Language teaching once restricted input, insisting that learners master one bit before they met the next. That practice is now discredited but its influence remains. Learners tend to want to understand every word, teachers to explain and laboriously practise a small number of supposedly important new items. That is why for the moment the challenge of implementing the present understanding of the Lexical Approach rests with administrators, schools, and perhaps most importantly, (conservative) teachers. The author has chosen a persuasive way by supplying readers with tasks (and suggested solutions and keys) and exercises on how to use this method to the benefit of language learners. Teachers should never take a doctrinaire approach, whether their methods are audio-lingual, structured, communicative, or lexical. A little well-chosen variety is better than dogmatic adherence to any set of principles. The implications for teacher training are clear. The present teacher as performer must be replaced by the teacher as one who understands language and language learning.
The book does what it wants to do: it shows how lexis, grammar, and phonology interact in ways that directly affect the ways learners store new language. It provides teachers with a comprehensive set of step-by-step changes and discusses in detail the importance of noticing, the value of repeating tasks, the design of lexical exercises, 30 sample exercise types, 50 activities with their lexical focus explained, and classroom reports from teachers already using the approach.
In language teaching and learning we do need a constant openness to revision in the light of research and experience. If it is true that society in general and the foreign language education profession in particular are in the midst of incredible advances in digital technology, every teacher should be grateful that Lewis gives an answer (or answers) to the question "Could I do this in my classroom?" without focusing on or even needing computer-enhanced language learning procedures or methods. He points to some of the specific ways in which teachers have been able to provide opportunities for more self-reliant learning. I hope these ideas and suggestions will give both reassurance and stimulation to teachers and others who wish to step into the chilly waters of classroom innovation. There is no doubt that a new climate must be created, that teachers who are in the process of achieving these attitudes will develop modes of building freedom suited to their own style, one that grows out of free and direct interaction with students.Implementing the Lexical Approach is well written and exciting . . . , but dangerous! It is likely to challenge the way teachers think concerning what is important in foreign language learning and teaching. Lewis has done an excellent job of reminding [-3-] us that only by attending to the genuine needs of students-- knowledge, safety, affection, respect, and responsibility--can we obtain the educational goals we have set, making the foreign language classroom into the better and even different organization that it needs to become.
References:
Hall, G. (1994). Review of The Lexical Approach: The State of ELT and a Way Forward, by Michael Lewis. ELT Journal 44, 48.
Lewis, M. (1993). The Lexical Approach: The State of ELT and a Way Forward. Hove, UK: Language Teaching Publications.


Cada hemisfério processa informações de forma diferente.

O hemisfério esquerdo (o esquerdo para os destros, o direito para os canhotos) é responsável por nosso comportamento lógico, detalhista, cauteloso, organizado. Já no hemisfério direito estão nossa criatividade, intuição e habilidades artísticas .
O lado esquerdo enfatiza : Linguagem , Lógica, Números, Matemática, Sequência e palavras .

O lado direito enfatiza: Rima,Ritmo,Música,Pintura,Imaginação,Modelos

Provavelmente você conhece pessoas que usam o hemisfério esquerdo de forma predominante: são excessivamente organizadas, perfeccionistas, detalhistas, racionais. Da mesma forma, você talvez conheça pessoas que usam mais o hemisfério direito: criativas, sonhadoras, intuitivas (algumas das quais às vezes faltam organização e atenção aos detalhes para que concretizem seus ideais), emotivas. O ideal seria que usássemos os dois hemisférios de forma equilibrada, integrada

O teste a seguir se propõe a fornecer uma idéia aproximada a respeito do uso de seus hemisférios cerebrais. Foi extraído do livro Como Passar no Vestibular, de Lair Ribeiro, Editora Objetiva, um livro muito interessante cuja leitura recomendamos aos estudantes em fase de vestibular e a todas as pessoas que queiram aprender novos e mais eficazes métodos de estudo.
O que fazer então para equilibrar e integrar os dois hemisférios? O segredo não é diminuir a atividade do hemisfério direito, mas incrementar a atividade do hemisfério esquerdo.
Para desenvolver o hemisfério esquerdo você poderia realizar atividades lógicas e seqüenciais. Por exemplo, atividades que envolvam cálculos (exemplo: Kumon), raciocínio lógico, fazer um curso sobre organização de arquivos, atividades que exijam precisão e atenção a detalhes, aprender idiomas.
Para desenvolver o hemisfério direito você poderia visitar exposições de quadros e de artes (e refinar seu senso estético e artístico), ouvir músicas (e desenvolver sua sensibilidade musical), assistir a peças de teatro, escrever um romance (ou poemas, crônicas, ou outras atividades em que você use sua criatividade), aprender uma linguagem de símbolos (por exemplo: escrita do Japão ou da China, que se constituem de ideogramas, figuras que expressam idéias completas, e não sons e fonemas a serem combinados em palavras e frases, como a nossa escrita)

COLLOCATIONS :

Você sabe o que é collocation?
Já ouviu seu professor ou professora falar sobre isto? Já viu isto em algum lugar? Tem medo de saber o que é!? Não se preocupe collocation é uma idéia simples" Felizmente, só dá para entender na prática!

De forma bem resumida, collocations são combinações de palavras que ocorrem freqüentemente em uma língua. Funciona mais ou menos assim: uma palavra sempre se combina melhor com algumas palavras do que com outras. É como na nossa vida social: nós combinamos melhor com algumas pessoas - nosso amigos, por exemplo - do que com outras - desconhecidos ou pessoas com as quais não temos muita afinidade! Complete a sentença abaixo e você vai entender depois o que são estas tais collocations. Se você acha que vou te ajudar, você está redondamente .......

Qual é a palavra que completa a sentença? Você consegue perceber que "redondamente" sempre se combina com esta palavra que você pensou? Nós não dizemos em português coisas como "redondamente linda" (imagine dizer isto para uma garota!), "redondamente caro", "redondamente feio", etc. Ou seja, "redondamente" se combina com a palavra que você pensou; logo, esta combinação é um collocation.

Acontece que collocations são de todos os tipos e ocorrem com todas as palavras. Por exemplo, pense em palavras que se combinam com a palavra "idéia". Eu aqui, no momento, consigo pensar em "boa idéia", "idéia fantástica", "péssima idéia", "idéia de jerico", "ter uma idéia", "amadurecer a idéia" e por aí vai. todas estas combinações são collocations da palavra "idéia" na nossa língua.

MAS O QUE ISTO TEM A VER COM INGLÊS!?
Tudo! Afinal, uma das maiores dificuldades de quem estuda inglês é combinar as palavras corretamente. Na maioria das vezes, nós queremos traduzir tudo palavra por palavra - como se isto sempre desse certo. Mas não é assim que funciona. Ou seja, "redondamente enganado" em inglês não é "#roundly mistaken#" ou "#roundly wrong#". A combinação para eles desta forma não existe, em inglês o certo é combinar as palavras assim "completely mistaken" ou ainda "utterly mistaken", "very much mistaken", "sadly mistaken", "profoundly mistaken".

CASO RÁPIDO Muita gente acha que "roundly mistaken" é inglês. Um exemplo disto é um discurso proferido pelo Presidente Lula em ocasião de seu encontro com o Presidente americano George W. Bush. Nosso presidente proferiu o discurso em português, claro. Aí o Itamaraty foi traduzir o discurso para colocá-lo na internet. Acredite o tradutor traduziu "redondamente enganado" por "roundly mistaken" (rsrsrsrs). Ao que parece esta tradução ganhou o mundo e foi parar até mesmo no Washington Post. Se os gringos lá entenderam eu não sei, mas o fato é que deve ter causado certos assombros!

PARA QUEM ISTO INTERESSA!? Há livros por aí que afirmam que isto é coisa para se ensinar lá pelo níveis intermediário e avançado. Eu discordo totalmente! Para saber combinar as palavras em inglês você precisa aprender as combinações corretas desde cedo. Desta forma, alunos iniciantes deveriam aprender desde cedo que palavras combinam com tais palavras. Por exemplo, uma palavra básica como "door" deveria ser ensinada já com algumas combinações desde o início da carreira do estudante de língua inglesa. Veja algumas combinações: • shut the door - fechar a porta • slam the door (shut) - bater a porta com força, fechar a porta com força • lock the door - trancar a porta, passar a chave na porta • unlock the door - destrancar a porta • leave the door ajar - deixar a porta entre aberta • answer the door - ver quem está batendo (tocando a campainha) • get the door - ver quem está batendo (tocando a campainha) • knock on the door - bater na porta (para ver se tem alguém em casa, na sala, no escritório...) • break the door down - derrubar a porta, arrombar a porta Além de verbos, você pode aprender também adjetivos que combinam com a palavra door, • big door - porta grande • great door - porta grande • huge door - porta grande, enorme • glass-panelled door - porta com vidro (não é a porta de vidro) • revolving door - porta giratória • automatic door - porta automática • sliding door - porta de correr • swing door - (não sei a tradução) porta (para mim parece uma porta normal) Aprender assim é muito mais divertido! Afinal, quando você pensar em dizer algo, já vai saber que palavras combinam e saberá também como usar tais combinações.


Porque aprender collocations

Ontem falei sobre collocations: uma forma diferente e muito mais dinâmica para aprender inglês. Por ser algo que exige observação algumas pessoas podem achar que collocations tornam o aprendizado da língua muito mais difícil. Porém com collocations seu inglês vai ficar mais fluente mais prático; afinal, a sua memória vai saber que palavras usar com determinada palavra. Evitando assim combinações improváveis e nada naturais na língua.

Por exemplo, você pode dizer algo como:
There's is a door in the room. (Tem uma porta no quarto.)

Não há o menor problema em dizer isto. Mas se você estiver acostumado com as palavras que se combinam com a palavra porta, você poderá dizer algo a mais a respeito da porta, There's a huge sliding door in the room. (Tem uma porta de correr enorme no quarto.) Uma das vantagens de você aprender collocations - combinações corretas e freqüentes de palavras - é justamente esta de poder sempre dizer algo a mais. Assim, você estará desenvolvendo FLUÊNCIA e de quebra vai começar a entender melhor quando ouvir um gringo falando. Afinal, eles sempre dizem algo a mais a respeito das coisas.

Uma segunda vantagem foi mencionada no artigo de ontem: evita-se o perigo de traduzir tudo palavra por palavra e cometer os mais absurdos 'erros'. Erros que podem ser evitados se você tiver um bom conhecimento sobre palavras que se combinam.

Tive uma aluna certa vez que escreveu o seguinte:
The union is organizing a strike that is going to happen in the entire country.

Não há absolutamente nada de errado neste sentença. Um gringo certamente entenderia o que minha aluna estava querendo dizer. Porém, caso ela, desde cedo, tivesse se acostumado com a idéia de collocations ela poderia ter simplificado e dizer uma das quatro opções:
• The union is organizing a national strike.
• The union is organizing a nationwide strike.
• The union is calling a national strike.
• The union is calling a nationwide strike. Ela teria simplesmente economizado tinta de caneta. Sua sentença teria sido muito mais natural e objetiva - ela teria escrito nada tão longo. Tudo graças às combinações de palavras, ou seja, collocations! Há alguns dias atrás escrevi um artigo no qual apresentei algumas collocations com a palavra "information". O que fiz foi apresentar a sociedade que a palavra "information" tem com outras palavras. Por esta razão o título do artigo é Information Society. Espero que nestes dois dias você tenha compreendido um pouco mais sobre collocations. Espero que tenha ficado bem claro que o modo como as palavras combinam são formas simplesmente fantásticas de nos ajudar a saber usar as palavras corretamente.

Collocations nos ajuda a fala/escrever com mais naturalidade e fluência: o sonho de todo mundo que estuda inglês.

FONTE : Inglês na Ponta da Língua - Denilso de Lima
http://denilsodelima.blogspot.com/2007/02/collocations-voc-j-ouviu-falar.html http://denilsodelima.blogspot.com/2007/02/por-que-aprender-collocations.html



Lexical Approach : aprenda inglês através de vocabulário , quanto mais você sabe de vocabulário mais você conseguirá se comunicar . Aprenda a palavra pelo contexto , procure olhar o que vem antes e depois da palavra .


"Actually, idioms and phrasal verbs are, so to speak (por assim dizer), kinds of collocations. (Tem gente que acha que collocations são expressões idiomáticas, ou phrasal verbs, ou gírias, etc.)Na verdade, as expressões idiomáticas e os phrasal verbs são, por assim dizer (so to speak) , tipos de collocations." by Denilso de Lima

O poder dos collocations

Você já deve ter passado por isso. Você pergunta ao seu professor de inglês porque certa expressão se fala assim e não assado. Aí ele responde “porque é assim mesmo”. A realidade é que em alguns casos eles podem estar totalmente certos!
Pense bem, por que você fala “temos uma boa chance disso dar certo” ao invés de “temos uma alta chance disso dar certo”? Por que falamos “um processador poderoso” ao invés de “um processador forte”? Não há nada errado com “alta chance” ou “forte”, mas como estas combinações não são muito usadas elas acabam soando estranhas para nós. É a mesma coisa no inglês. Se você fala “good chance” você vai soar natural. Já se você falar ”high chance” seu interlocutor vai entender o que você quis dizer, mas como não é uma combinação de palavras muito comum vai causar estranheza.
A estas combinações de palavras mais frequentes chamamos collocations. Existem até alguns dicionários específicos para este assunto.
Agora está explicado porque algumas expressões do inglês devem ser estudadas, mas sem muita encanação quanto ao motivo de serem assim ou assado. Combinado?
Fonte :
http://www.inglêspraque.com/

COMO AVALIAR UM CURSO DE INGLÊS ?

O seguinte artigo foi publicado em
O Estadão do Norte, principal jornal do estado de Rondônia, em 19 de março de 2006. Para este blog, o texto original foi alterado. Com o intuito de atender bem os leitores de todo o Brasil. É um texto longo, porém digno de ser lido do início ao fim. O autor apenas expressa sua opinião como Profissional em Ensino de Língua Inglesa e orientador de vários clientes/alunos. Não se trata de um texto contra esta ou aquela franquia/escola. São apenas pontos que devem ser levados em conta por qualquer adulto na hora de matricular seus filhos ou ele próprio em uma das várias opções que existe no mercado. Boa leitura! E muita reflexão!

Em qual escola estudar? Afinal, são tantas as opções! No Brasil, há várias marcas de ensino de inglês. Algumas são gigantes nos mercado, outras são pequenas e buscam conquistar seu espaço. No entanto, o serviço oferecido por todas elas continua sendo o mesmo: ensino de inglês (ou outra língua: alemão, espanhol, francês, italiano, chinês, japonês, etc).
Os pais ansiosos por verem seus filhos e filhas falando inglês, correm para matriculá-los. Os critérios seguidos, geralmente, são os mesmos: preço ou conveniência (mais perto de casa, ampla sala de multimídia, livros coloridos, etc). Inconscientemente, porém, o critério status, muitas vezes, fala mais alto. "Vou matricular meu filho na escola XYZ porque é a melhor", diz um pai ou uma mãe decidida.
Esta simples declaração, por parte dos pais/clientes, suscita algumas perguntas curiosas: 1) como este pai, ou esta mãe, sabe que a escola XYZ é realmente a melhor? São eles especialistas na área? 2) que critério é utilizado pelos pais para avaliar a qualidade de um curso de idiomas? Quais pontos devem levar em consideração? 3) a escola eleita é a MELHOR por causa da estrutura física apresentada (prédio moderno, projeto arquitetônico de primeira? Ou ela é a MELHOR por causa da qualidade de ensino oferecida?
Como dito antes, a escolha é geralmente feita quase que inconscientemente. O cliente observa a estrutura física da escola e acha que isto é o essencial. A fachada chama a atenção, então você entra na escola. Ao entrar é recebido calorosamente pela simpática moça da recepção. Ela o atende muitíssimo bem. Depois da troca de algumas palavras, ela lhe mostra as salas super confortáveis com toda uma parafernália tecnológica à disposição do professor. Depois disto, ela lhe mostra o centro multimídia, o material de excelente qualidade, as demais instalações e tudo mais. Finalmente, vem o preço. Caso você não goste, ela certamente lhe dará um desconto fantástico e irrecusável - melhor que o da concorrente.
Observe que no parágrafo acima vimos como um pai ou uma mãe (um cliente em potencial) é levado a fazer a matrícula em um curso de idiomas. Contudo, vamos analisar rapidamente cada um destes itens.
01) A ESTRUTURA FÍSICA - Este é, sem dúvida, o chamariz da escola. O prédio é moderno. Possui um projeto arquitetônico arrojado. As cores são lindas e chamativas. Sem contar o magnífico jardim, a iluminação, etc. Tudo é muito lindo. No entanto, curiosamente, em todas as escolas as salas de aulas são idênticas: quatro paredes, um quadro, um tocador de CDs e um conjunto de carteiras. A fachada é realmente deslumbrante, as salas de aula, porém, continuam quadradas.
02) A MOÇA DA RECEPÇÃO - Estas profissionais são treinadas a lhe cativar. Elas são simpáticas, amigáveis, sorridentes, etc. Sim, este é o trabalho delas. Elas recebem treinamento para isto - algumas aprendem até mesmo técnicas de programação neurolingüística para poder persuadir melhor o cliente. Cuidado com isto! Afinal, não é esta pessoa quem dará aulas ao seu filho ou a você.
03) SALAS SUPER CONFORTÁVEIS - Sala de aula com péssima iluminação, cadeiras desconfortáveis e sem ar-condicionado são coisas do passado. É obrigatório a qualquer curso de idiomas dispor de salas super confortáveis. Estes itens não são mais tidos como um diferencial entre as escolas. Na verdade, são itens indispensáveis. A parafernália tecnológica - televisão, aparelho de som, DVD, vídeo cassete, computador - são, na maioria das vezes, enfeites. Raramente serão utilizados pelos professores. Devo reconhecer que muitas escolas/franquias possuem programas de ensino no qual esta parafernália deve ser utilizada. Muito cuidado com isto! Caso não usem, exija seus direitos.
04) O CENTRO MULTIMÍDIA - São aquelas salas repletas de computadores. Lembram uma lan house. Quase nunca são usadas para o fim ao qual foram criadas. As crianças geralmente usam a sala multimídia de um curso de idiomas para bater papo na internet - claro que em português -, jogar on-line, deixar recados no Orkut do amiguinho, visitar alguns sites interessantes (ou não!), etc. São poucos os momentos em que estas salas são utilizadas para uma atividade em inglês: leitura de um jornal, ouvir uma rádio de língua inglesa, bater papo com estrangeiros, utilização de CD-ROMs com atividades em inglês, etc.
05) MATERIAL DE QUALIDADE - Este tem sempre um excelente papel, é cheio de figurinhas e bem colorido. É um espetáculo! Só que seu filho ou você vão aprender inglês e não se tornarem críticos literários ou artistas gráficos.
06) O PREÇO - Nem sempre ele é atraente, mas tem de ser assim mesmo. Faz parte do sistema. Afinal, a escola tem que mostrar a você que ela está sendo camarada ao oferecer descontos promocionais incríveis. Você é levado a acreditar que esta levando vantagem. A escola faz você se sentir especial. Afinal, o preço inicial era salgado demais! Porém, foram compreensivos e gentis com você e lhe ofereceram um super desconto!

Se todos os seis pontos apresentados acima estiverem no pacote, você certamente espalhará aos seus amigos e vizinhos que aquela é a melhor escola de inglês da sua cidade. Veja que o critério qualidade foi baseado apenas na estrutura, no atendimento e no preço! Geralmente, é isto que torna uma escola a melhor de algum lugar! Claro que não podemos esquecer do fator status. Pois para muitos é 'chique' estudar na Escola XYZ da cidade, pois ela é a mais bonita e luxuosa.Se você já passou por esta experiência, sabe que é realmente assim que o processo todo ocorre.

Observe que em momento algum você se deparou com a qualidade de ensino; com o professor; com o método/abordagem utilizado; da quantidade de alunos por turma; do conteúdo a ser ensinado; do tempo que seu filho - ou vocês - estará se virando, em inglês, nas situações cotidianas mais básicas.Mas não pense que decorando estes pontos você se tornará em um expert em avaliar as escolas de idiomas disponíveis. As respostas podem, também, ser ensaiadas pelas recepcionistas. Moral da história: você acaba caindo na mesma história de antes e achar que aquela é a melhor escola.

Neste caso, permita-me dar-lhe algumas dicas para não se sentir inseguro.

Dica 01, O PROFESSOR - esta é a peça fundamental do processo! Procure conversar com o futuro professor do seu filho. Converse com alguns (ex-)alunos dele. Procure saber qual a opinião dos (ex-)alunos sobre o professor: a didática, o carisma, a empatia, a paciência, a segurança ao passar as informações, a competência e o comprometimento profissional dele. Enfim, avalie o professor profissionalmente. Não importa se morou nos Estados Unidos por tantos anos ou se fez curso na Inglaterra. Afinal, você mora no Brasil há muito tempo e nem por isto é professor de língua portuguesa, não é verdade? Informe-se se ele já fez algum exame de proficiência - estes certificados de proficiência são conquistados depois de muito estudo e geralmente por meio de uma prova que avalia o candidato em todas as áreas da língua inglesa. Os mais famosos são: TOEFL, FCE, CAE, CPE, IELTS. O professor está informado sobre sua categoria profissional. Profissionais da área de ensino de língua inglesa sabem sobre sua categoria. Há no Brasil uma associação de professores de língua inglesa para falantes de outras línguas -
BRAZ-TESOL. Em vários estados há associações de professores de língua inglesa, procure saber se aquele professor participa de eventos, cursos, treinamentos e palestras oferecidos pela associação local (APLIESP, APLIERJ, APLISC, APIRS, APLIEPAR, APIES, APLITINS, entre outras). Isto pode mostrar o grau de comprometimento dele com a Profissão! Veja também se a escola incentiva seus professores a buscar conhecimentos além daqueles oferecido pela franquia e se demonstram interesse em ver seus professores comprometidos com a profissão que escolheram. As escolas terão melhores professores se você souber exigir o melhor.

Dica 2, O MÉTODO - Os mais comuns no Brasil são: o áudio-lingual e a abordagem comunicativa. O áudio-lingual se popularizou na década de 1960. A ênfase esta na aquisição de vocabulário isolado e de regrinhas gramaticais. Já a abordagem comunicativa ganhou popularidade na década de 1980. No Brasil, ele foi adaptado e se afastou muito da proposta sugerida por seu criador. Nele os alunos aprendem algumas frases a serem usadas em determinadas situações; contudo, a ênfase ainda é dada à gramática. Há outros métodos e abordagens estranhos: Abordagem Lexical, Método Callan, Task-based Learning, Silent Way, Teaching Unplugged, Programação Neurolingüística, etc. Meu conselho é que você opte por uma escola com a qual você, ou seu filho, se sinta à vontade com o método usado. Para isto, tente assistir algumas aulas antes de tomar a decisão definitiva. Chegue na escola sem avisar e diga que gostaria de assistir a uma aula. Assim você terá uma idéia de como as coisas realmente funcionam. Pergunte qual método utilizado pela escola, anote em um papel e pesquise na internet sobre ele. Ao longo do tempo verifique se a escola se mantém "fiel" ao método utilizado.

Dica 3, O NÚMERO DE ALUNOS EM SALA - O ideal é que a sala tenha no máximo doze alunos; quinze é o limite máximo. Mais de quinze é bagunça na certa! O professor não dá conta de ajudar vinte alunos ao mesmo tempo. Lembre-se estamos falando de aprender outra língua e não uma disciplina escolar. Se você quiser aprender apenas a gramática da língua inglesa, então tudo bem - neste caso pode haver quantos alunos a sala comportar. Porém, se o objetivo é falar inglês, então exija no contrato que a turma tenha apenas entre dez a quinze alunos. As escolas costumam anunciar turmas reduzidas. No entanto, Quando você entra na sala, no primeiro dia de aula, mal tem lugar para você se sentar. A desculpa que os donos de escolas dão é a seguinte: "acontece que muita gente vai desistir ao longo do curso, por isto colocamos vinte alunos, ou mais, na sala." Preste atenção nesta declaração! Se o dono tem a melhor escola da cidade porque é que ele conta com a desistência de seus alunos? Há algo de estranho nisto, você não concorda?

Dica 4, O CONTEÚDO A SER ENSINADO - Não se iluda se disserem que seu filho aprenderá as cores, os animais, as partes da casa, os móveis, materiais escolares, etc. Isto não significa saber inglês. Pense nisto: com que freqüência você costuma falar as cores em português? E que tal o nome dos animais? As partes da casa geralmente são faladas em sentenças e não isoladamente. Se o representante da escola falar em gramática, cuidado. Pode ser que seu filho aprenda algumas regrinhas gramaticais incompreensíveis. Não "entendemos" nem mesmo as regras gramaticais da nossa própria língua como podemos entender as de uma outra língua totalmente nova. Se você não sabe inglês, exija que a escola diga com todas as letras o que seu filho aprenderá a falar em cada nível, em que situações ele será capaz de se comunicar - restaurante, aeroporto, solicitando informações, hotel, etc.

5, O TEMPO - Em um ano o aluno deve ser capaz de se comunicar nas situações mais essenciais da vida - restaurante, hotel, aeroporto, lojas, ruas, etc. Um ano e meio é o máximo tolerável. Se em dois anos seu filho ainda não estiver se virando nas situações mais corriqueiras, desconfie. Para atingir o nível avançado o tempo médio é de dois anos e meio a três anos. Tem escola cujo curso completo dura oito anos. Dá para fazer duas faculdades durante este tempo, não dá? É claro que estamos tratando aqui do ato de falar inglês e não dá gramática. Gramática leva muito mais tempo. Responda, há quanto tempo você fala português? Você sabe toda a gramática da nossa língua? Então, pense nisto com relação ao inglês. O ideal é que a escola prepare seus alunos para aprender inglês por conta própria depois de algum tempo. O problema é que o aluno deve estar motivado a isto, caso contrário ele poderá estudar inglês a vida toda e nunca se sentir um falante competente. Uma última dica é você solicitar o número de telefone de alguns alunos dos níveis avançados e perguntar o grau de satisfação deles com a escola no geral e se eles se sentem felizes com o inglês que aprenderam.

JUNTANDO TUDO
No geral, o importante é juntar todos os pontos acima. Assim, você poderá ter um retrato mais fiel do que é oferecido. Contudo, nem sempre isto será possível. Então opte pelos pontos que sejam importantes para você. Exija sempre o melhor! Não se contente com menos!Não se iluda com o fato de a escola ser maravilhosa por fora. Não se preocupe muito com o status. A não ser que você tenha dinheiro para jogar fora durante muito tempo. Neste caso recomendo que você coloque este dinheiro em uma poupança e no futuro faça um intercâmbio.Volto a repetir, exija sempre o melhor no que se refere à sua educação e à de seus filhos. Aprender inglês, ou qualquer outra língua, é algo sério. A seriedade, portanto, deverá partir de você. Desta forma, as escolas se sentirão pressionadas a serem cada vez melhor em todos os quesitos, não apenas na fachada.
Fonte : Denilso de Lima
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