domingo, 27 de janeiro de 2008

Leituras recomendadas (diversos)

O CAMINHO MAIS LONGO PRA SE DOMINAR O INGLÊS :


PARTE 1/4

Oi pessoal, como vocês já devem ter percebido, eu conto com a ajuda de muitos colaboradores para escrever os artigos do English Experts. São pessoas que vivem no Brasil e nos EUA (native English speakers), todas com elevado conhecimento de Inglês. Hoje vou publicar o artigo escrito por um desses colaboradores. O texto abaixo é de autoria de Maria Brasileira, o título original é “The longest way to proficiency in English”, que pode ser traduzido como “O caminho mais longo para se dominar o Inglês”. Este artigo foi dividido em (4) quatro partes que serão publicadas semanalmente, começando por hoje. Algumas idéias podem ir de encontro com informações que já apresentei em outros artigos do blog, pessoalmente eu acho isso muito proveitoso, visto que, opiniões divergentes nos ajudam a evoluir. Segue abaixo o artigo e a tradução, parágrafo por parágrafo. So, Enjoy it!

The ideal situation is to learn a foreign language as a child, and by the time you take the College Entrance Exams you should be proficient in at least one foreign language … but unfortunately not everyone is lucky enough to start at a young age. So, we find ourselves, as adults, facing the challenge of having to learn English as fast as possible, either to get a better job, or a promotion, or a position abroad, or to start post-graduate studies. So, we set out to find the fastest method, the fastest course. Well, sorry to disappoint, you, dear reader, but there are NO quick fixes.

A situação ideal é aprender um idioma estrangeiro quando criança, para que quando você for entrar em uma faculdade já tenha dominado pelo menos um idioma estrangeiro. Mas infelizmente nem todo mundo tem a sorte de começar a estudar um idioma quando criança. Então, nós nos encontramos, já adultos, diante do desafio de aprender Inglês o mais rápido possível, ou para conseguir um trabalho melhor, ou uma promoção, ou um emprego no exterior, ou para iniciar uma pós-graduação. Então, nós começamos a procurar os métodos e cursos mais rápidos. Bem, desculpe queridos leitores, esse método não existe.

There are many people out there promising miracles, but the truth is, how long it will take you to learn will depend on several factors, but mostly, on your own motivation and commitment, meaning how much time you can devote to language learning. There are a few myths that have to be abandoned right from the start, pre-conceived ideas can get you to waste time, and time is everything for adult learners.

Existem muitas pessoas lá fora prometendo milagres, mas a verdade é que o tempo que você levará pra aprender vai depender de diversos fatores, mas na maioria das vezes, de sua própria motivação e comprometimento, definindo quanto tempo você pode se dedicar a aprender um idioma. Existem alguns mitos que devem ser deixados de lado logo no início, idéias pré-concebidas que podem levá-lo a perder tempo, e tempo é tudo para estudantes adultos.

MYTH: I don’t need teachers to learn a language.
MITO: Eu não preciso de professores para aprender Inglês.

TRUTH: Not everyone can be self-taught. And even the ones who can, don’t know enough about language learning to teach themselves. For example: Language acquisition depends on how you are exposed to the target language. The input has to be carefully chosen and the order of structures should be subtly graded, because our brains have to process new information based on old (already known) information. If all information is new, the brain loses its frame of reference and you just don’t assimilate the information. Sorting out which material you should be exposed to and facilitating your learning by creating the conditions for your brain to process and retain information is something only a trained professional can do efficiently. If you are resolved (determined) to do it on your own, then you should do some reading on applied linguistics, language acquisition, natural order and some educational theories such as Vygotsky’s. That might help you out, but you will have to devote twice the time to learning, since you will be studying how to learn and the language itself.
VERDADE: Nem todo mundo pode ser autodidata. Até mesmo aqueles que podem, não sabem o bastante sobre o aprendizado de idiomas para aprender sozinhos. Por exemplo: a aquisição da linguagem depende de como você é exposto ao idioma alvo. O input deve ser cuidadosamente escolhido e a ordem das estruturas deveria ser sutilmente graduada, porque nosso cérebro deve processar as novas informações baseadas nas antigas (o que já sabemos). Se todas as informações são novas, o cérebro perde a sua referência e você não consegue assimilar a informação. A classificação de qual material você devera ser exposto e facilitar seu aprendizado através da criação de condições para que o seu cérebro processe que retenha as informações, é algo que somente um profissional treinado pode fazer de forma eficiente. Se você está determinado a fazer isso sozinho, então você deverá fazer algumas leituras sobre lingüística aplicada, aquisição de linguagem, ordem natural e algumas teorias educacionais como Vygotsky’s. Isso pode te ajudar, mas saiba que você levará o dobro do tempo para aprender, visto que estará estudando como aprender e só depois efetivamente aprendendo.

PARTE 2/4

MITO: Repetição é ruim e chato.
MYTH: Repetition is bad and boring.

VERDADE: As crianças pronunciam incorretamente as palavras quando estão aprendendo, nós repetimos a forma correta para elas e elas têm que repetir logo após … a cada vez que elas pronunciam incorretamente nós fazemos isso. Quando elas estão aprendendo a ler e escrever, também copiam as palavras e lêem em voz alta, várias vezes. Essa foi a forma com que nós aprendemos nosso idioma principal, por que deveria ser diferente para um idioma estrangeiro. TRUTH: Kids mispronounce words when they are learning, and we repeat the right forms for them (model) and have them repeat after us … and every time they mispronounce it we do it again. When they are learning how to read and write, they also copy words and read aloud several times. This was how we learned our native language, why should it be different with a foreign language?

Além disso, se nós pensarmos bem, o aprendizado vem da repetição, ou como diz o ditado, “a prática faz a perfeição”. Você aprender a tocar um instrumento? Você precisa praticar os acordes, repetidamente. Quer ter um corpo escultural? Você tem que praticar diariamente, repetidamente. Quer ser bom em algum esporte? Você vai ter que encarar horas e horas de treino diariamente. Não é diferente com idiomas. Alô, quem disse que iria ser fácil … Este é o momento que os professores entram em cena novamente. Eles foram treinados e fazem questão ( se forem bons) que as aulas sejam não só proveitosas, mas também divertidas. Se o professor é criativo, até mesmo as repetições podem ser divertidas. Eles devem ser acima de tudo, motivadores.

Besides, if we think about it, learning comes from repetition, or as the saying goes, “practice makes perfect”. You want to learn how to play an instrument? Gotta practice those chords and positions, over and over. Wanna have a great body? Gotta do your push-ups daily, again and again. Wanna be good at a sport ? Gotta face hours and hours of daily practice. It´s not different with languages. Hey, no one said it would be easy … This is where teachers come into play once again. They have been trained and they make a point (if they are good teachers) in making lessons not only profitable but also fun. If the teacher is creative, even repetition drills can be a blast. They have to be, above all, motivators.

PARTE 3/4

MITO: Aprender um idioma não é para qualquer um.
MYTH: Learning a language isn’t for everyone.

VERDADE: Todos nós nascemos equipados para aprender um idioma. Algumas pessoas demoram mais para aprender, mas em algum momento elas aprendem. Nós temos diferentes tipos de inteligência, um bom professor (sim, de novo) vai assegurar-se de que o método utilizado dê, a todos os tipos de aprendizes, as chances necessárias de aprender do seu jeito próprio. Algumas pessoas são do tipo visual verbal (aprendem lendo), algumas são do tipo não-verbal/pictórico (aprendem melhor a partir de diagramas e fluxogramas, imagens), algumas são auditivas (aprendem ouvindo), algumas são sinestésicas (aprendem fazendo), essas pessoas têm que fazer alguma coisa enquanto estão estudando, pode ser um desenho ou fazendo anotações.. na verdade estas pessoas são aquelas que aprendem fazendo as coisas, elas saem montando o armário, ao invés de ler as instruções antes. O método tradicional de aprendizado de idiomas privilegia um tipo em detrimento do outro. Por isso alguns alunos são rotulados como maus alunos, ou seja, aqueles “que não têm jeito pra línguas”.
TRUTH: We are all born fully equipped to learn a language. Some people take longer to learn, but will eventually be proficient. We have different types of intelligence, and a good teacher (yes, again) will make sure the method will provide all kinds of learners with chances for learning their way. Some people are visual–verbal(learn by reading), some are non-verbal / pictorial(learn better by diagrams and flowcharts, images), some are auditory ( learn by listening), some are kinesthetic ( learn hands-on), these people have to be doing something while studying, be it drawing, taking notes.. but these people are the ones that learn by actually doing things, like, they just try assembling the closet, instead of reading the instructions .. Traditional language learning methods privilege one kind of learner over another. That´s why some people are labeled reluctant learners, i.e. the ones ”who won´t learn”.

PARTE 4/4

MITO: Eu não gosto de livros didáticos, eu prefiro aprender atrevés de letras de músicas e filmes
MYTH: “I don’t like textbooks, I prefer to learn from lyrics and movies.

VERDADE: Letras de música e filmes representam a maior parte do aprendizado, em termos de motivação, do modelo lingüístico real, mas eles não podem ser o único material de estudo, visto que eles não são sempre fontes corretas, e eles não são adaptados para serem utilizados no processo de aprendizagem. Os professores têm uma lista, de qualquer forma, de músicas que são ótimas de trabalhar.
TRUTH: Lyrics and movies play a great part in learning, in terms of motivation, of real linguistic modeling, but they can´t be our only learning material, since they aren´t always accurate, and they aren´t graded to suit language learning purposes. Teachers do have a list, though, of songs which are great to work with.

Bons exemplos são as músicas do U2 “I still haven´t found what I am looking for”, de Paul Mc Cartney “My Brave face”, Alanis Morissette “Hand in my pocket”.. mas há muitas outras.. o estudo de letras de música com um propósito em mente trará a você grandes benefícios. Filmes também são ótimos quando você já conhece o enredo, assim você não vai ficar ansioso em saber quem é o assassino e poderá se concentrar nos diálogos.

Good examples are U2`s “I still haven´t found what I am looking for”, Paul Mc Cartney´s “My Brave face”, Alanis Morissette´s “Hand in my pocket”.. but there are many more… studying lyrics with a purpose in mind makes you profit more. Movies are great when you already know the plot, so you aren´t anxious to find out who´s the killer and can concentrate on the dialogues.

Dica: Filmes de ação têm poucos diálogos, mas a maioria deles têm humor o que exige um conhecimento específico do vocabulário da cultura (regional). Se você não se importar em entender as piadas.. Comédias românticas são uma ótima escolha, os diálogos são bem elaborados e as palavras são escolhidas cuidadosamente. Se você gosta desse tipo de filme (chick flicks1)… eles são uma opção.

Tip: Action movies have less dialogues, but most of them have humor which depends on culture specific vocabulary. If you don´t mind not getting the jokes… Romantic Comedies are a nice pick, the dialogues are elaborated and the word choice is careful. If you´re ok with chick flicks… they are an option.

Bem, essas são algumas coisas que você deve ter em mente quando decide aprender inglês. Então … há alguma esperança? Claro!! Eu conheci pessoas que disseram: “Eu não vou aprender, Inglês não é meu negócio”, passando de verdadeiros iniciantes a falantes intermediários em um período de 8 a 10 meses, e depois chegando à fluência em 18 meses. Estudando 5 vezes por semana, duas horas por dia, e claro … e … fazendo o dever de casa. Sim, dever de casa é essencial!

Well, these are some things you have to have in mind when you decide to learn English. So … is there any hope? Sure!! I have seen people who said: ”I won´t learn, English is just not my thing”, go from true beginners to intermediate speakers in around 8 to 10 months, and then go on to become fluent speakers in 18 months. Studying 5 times a week, two hours a day, of course…and… doing homework. Yes, homework is essential too!!

Então, pare de sonhar e comece a planejar. Defina os seus objetivos e comece a cumpri-los. Este é um trabalho duro. Mas isso vai valer a pena.
So, quit dreaming and start planning. Set your goals and set out to accomplish them. It´s a lot of hard work. But it DOES pay off. Good Luck !

Encerra-se aqui o artigo de Maria Brasileira. Deixo aqui os meu sinceros agradecimentos a essa colaboradora, eu aprendi muito com este artigo e estou ansioso (looking forward to) para ler os próximos. Abração Maria. See you, 1 chick flicks: Literalmente é um pintinho (filhote de galinha, essa foi boa). A expressão “chick flick” é utilizada para definir filmes feitos para mulheres. Exemplo: Hitch FONTE: English Experts

Autodidata em Inglês

PARTE 1
De forma geral, o autoditata (self-taught) é aquele indivíduo que tem a capacidade de aprender algo, sem o auxílio de um professor ou mestre. A pessoa que com o próprio esforço, busca as fontes de conhecimento necessárias para sua aprendizagem.Quem realmente deseja ser fluente em Inglês, tem que entender um pouco sobre esse tema, principalmente aqueles que não dispõem de recursos financeiros para morar no exterior (situação ideal). O aprendizado de idiomas é um processo onde o estudante faz o papel de protagonista, não de coadjuvante. O estudante é protagonista quando: tenta falar em inglês sobre temas do seu interesse, procura entender músicas e filmes em Inglês sem o auxílio de material de apoio (legendas), busca situações onde será obrigado a utilizar o idioma que está aprendendo (ambiente com muitos estrangeiros), lê livros em Inglês (de qualquer tipo) e por aí vai (and so forth). Fazendo o papel secundário ou aprendendo de forma passiva o máximo que o estudante vai conseguir é conhecimento em gramática normativa. Daí vem a importância de ser autodidata. Mas como ser autodidata? Leia a seguir. A principal característica do autodidata é a curiosidade. Qualquer pessoa que vai além do que é passado pelo mestre, por simples prazer em aprender mais, já tem boas chances de ser um autodidata. Porém só a curiosidade não basta. Outros fatores importantes são: atitude e disciplina. A atitude nos tira da inércia e nos dá um gás para iniciar os estudos. É aquele momento que a gente sai do “eu gostaria de aprender Inglês” para o “eu estou aprendendo Inglês”. Já a disciplina é aquela força que nos mantém nos estudos dia após dia.

PARTE 2
Ontem eu falei sobre as principais características do autodidata. Se você é curioso, tem atitude e é disciplinado. Está no caminho certo. Mas por onde começar?Pelo fato do autodidata não seguir um plano de estudos pré-definido é muito fácil perder o foco. Para solucionar isso se lembre da famosa frase: “dividir para conquistar”. Quando começamos os estudos de Inglês é normal surgir muitas dúvidas e aquela sensação de “eu não sei nada”. O segredo é administrar o que não sabe e focar em temas importantes do idioma como: vocabulário básico, frases úteis e combinações de palavras. Com o tempo você vai conseguir identificar as próprias deficiências e ir preenchendo essas lacunas através da pesquisa novas fontes de informação (internet, livros ou revistas). No meu caso, sempre que quero aprender sobre um assunto novo, seja uma linguagem de programação de computador, um novo conceito na área de administração/business ou um assunto relacionado ao inglês. Eu compro um livro, normalmente o Best Seller do tema. Só para exemplificar: recentemente eu descobri que estudar Inglês através de possíveis combinações de palavras (collocations) é talvez uma das formas mais rápidas para se adquirir fluência, principalmente morando em um país onde o Inglês é pouco falado. O que eu fiz? Corri e comprei um dos melhores dicionários sobre o tema, o Oxford Collocations. Eu tinha um problema, não dominada muito bem as combinações de palavras, agora eu tenho uma solução de 900 páginas: o Livro. Que, aliás, está aqui do meu lado esperando para ser estudado. Confira alguns livros que poderão servir de guia para você que está começando ou já estuda Inglês há algum tempo: Inglês na Ponta da Língua, Essential Grammar in Use, Como Não Aprender Inglês e Advanced Grammar in Use. Se você tem alguma sugestão de livro é só enviar nos comentários. O livro é o melhor amigo do autodidata. Se você quer estudar por conta própria, compre livros. A Internet é fantástica, porém se você não for cuidadoso vai acabar se perdendo nesse oceano de informações. A propósito (by the way), esse é um ótimo tema. Aguardo você amanhã para a terceira parte deste post.

PARTE 3
Depois de falar sobre a liberdade do autodidata em estudar o tema que mais lhe interessa, eu gostaria de alertar sobre os perigos que isso pode representar. A Internet é uma ferramenta fantástica para os estudantes de Inglês, isso não é nenhuma novidade, porém saber utilizá-la de forma adequada e racional é fundamental.Uma busca rápida no Google por “dicas de inglês” retorna 1.470.000 resultados. Se a expressão de busca for “curso de inglês on-line” esse número passa para 2.110.000 resultados. Portanto é notório que o que não falta é fonte de informação para quem decide estudar Inglês pela Internet, com a vantagem do conteúdo gratuito. Nesse ponto muita gente se perde, o autodidata tem que ter foco, não adianta nada acessar dezenas de sites com dicas de Inglês e não dedicar um bom tempo lendo e relendo os textos. É isso mesmo “relendo”, a melhor maneira de aprender é revisar o que foi estudado, falarei mais sobre isso em outra oportunidade. A dica que dou é a seguinte: escolha bem os sites, blogs e podcasts que servirão de base para os seus estudos. Confira a seguir os sites que leio e “releio”: BBC Learning English - www.bbc.co.uk/worldservice/learningenglish English Made In Brazil - www.sk.com.br Agora os blogs: Inglês na ponta de Língua - denilsodelima.blogspot.com/ Blog Tecla SAP - teclasap2.blogspot.com/ Os Podcasts que acompanho são os seguintes: ESL Podcast - www.eslpod.com The Word Nerds - thewordnerds.org Isso não quer dizer que não faço uso de outras fontes na Internet, só que estes sites são o meu ponto de partida. Caso o tema que estou estudando ainda não tenha sido tratado em nenhum deles, aí sim parto para outras fontes. Para você que vai fazer a sua lista de sites favoritos não deixe de visitar o blog da Ana Luiza o Inglês On-Line, lá você vai encontrar uma infinidade de links para excelentes blogs e sites de Inglês. Não se esqueça de relacionar o English Experts na sua lista de blogs. Ok? Termino hoje com a seguinte frase: no mundo atual o importante não é o que você sabe, mas a rapidez com que você aprende. Pense nisso! A nossa série continua amanhã.

PARTE 4
Na semana passada eu falei sobre o autodidata. Hoje, no último post da série, eu gostaria lembrar da importância do professor de Inglês. Quando eu decidi estudar Inglês por conta própria (self-taught), acreditava que seria possível ficar fluente sem a ajuda de nenhum professor. Com o tempo a gente descobre que as coisas não são bem assim, principalmente no que diz respeito ao aprendizado de idiomas.Calma! Antes que vocês pensem que eu estou contradizendo o que eu falei no início da série, eu explico. Imagine que falar inglês fluentemente signifique 100%, você sozinho só conseguirá 80%. Os outros 20% só serão conseguidos com o auxílio de um profissional da área, é ele quem vai aparar as arestas do aprendizado e corrigir aquelas falhas que quem estuda por conta própria não percebe. Lógico que este entendimento só vale para quem estuda Inglês no Brasil. Quem mora na Inglaterra, por exemplo, não vai precisar de professor. Um idioma é uma habilidade adquirida essencialmente por interação humana, ou seja, aprender inglês lendo textos via internet, ouvindo fitas ou mesmo conversando via Skype é ótimo, porém a fluência só é adquirida através da prática diária através da comunicação entre pessoas. Se você já adquiriu os 80%, busque agora praticar o Spoken English na vida real, pode ser com um professor ou com estrangeiros. Talvez você tenha mais sorte do que eu, infelizmente na minha cidade eu não encontro muitas oportunidades de conversar com estrangeiros. FONTE : ENGLISH EXPERTS

EDUCAR COM A CABEÇA :

Ao aprendermos, nossas conexões se modificam. Com o apoio da neurodidática, neurocientistas poderão ajudar professores e pedagogos a desenvolver novas estratégias de ensino e aprendizado
Com o retorno às aulas depois das férias, milhões de crianças e jovens voltam ao batente. Muitas coisas, e as mais variadas, são ensinadas e aprendidas – desde ler e escrever, passando pelas aulas de História, até a Matemática dos cálculos diferencial e integral. Mas a escola consegue, de fato, transmitir o que os estudantes precisam para um futuro de sucesso?
Enquanto filósofos, psicólogos, antropólogos e sociólogos discutem o assunto há décadas, as neurociências têm se mantido de fora das questões didáticas. Um paradoxo, considerando-se que, afinal, o aprendizado acontece na cabeça: todo o processo é acompanhado de alterações no cérebro. Portanto, cabe à neurobiologia fornecer a base científica sobre a qual se poderiam erigir teorias didáticas modernas.
Foi dessa idéia que partimos há alguns anos, ao fundar uma nova disciplina: a neurodidática. Ela procura configurar o aprendizado da melhor maneira que o cérebro é capaz de aprender. Com freqüência, porém, essa abordagem enfrenta resistência dos pedagogos mais voltados às ciências humanas. E, no entanto, a ninguém ocorreria encomendar a pintores, encanadores ou jardineiros a construção de uma casa – prescindindo do trabalho do engenheiro. De todo modo, o fato é que, à luz das novas descobertas neurocientíficas acerca do aprendizado, muitas das hipóteses das ciências educacionais têm se revelado demasiado simplistas.
É o caso, por exemplo, das teses de Jean Piaget. Segundo o suíço – um dos pais da psicologia do desenvolvimento, falecido em 1980 –, a evolução cognitiva se dá por estágios que se sucedem de forma sistemática. Determinadas capacidades e deficiências lógicas marcam cada uma dessas etapas, as quais fixam fronteiras etárias para o aprendizado. Num de seus experimentos mais famosos, Piaget verteu água de um copo largo em outro, mais delgado, diante dos olhos de crianças em idade pré-escolar. A maioria de seus voluntários insistiu que o copo delgado continha mais água – graças ao nível de água mais elevado.
Piaget atribuiu essa insistência ao fato de as crianças só serem capazes de considerar uma única dimensão, negligenciando largura e profundidade. Concluiu que, na chamada fase pré-operacional, que se estende até os 6 anos, as crianças não estariam em condições de, ao apreender o mundo, considerar e combinar, de forma sensata, várias informações ao mesmo tempo. Em razão dessa incapacidade para o raciocínio lógico, seria inútil tentar ensinar uma criança em idade pré-escolar a fazer contas.
Nesse meio-tempo, no entanto, tomou-se voz corrente que as crianças pequenas são, sim, capazes de efetuar semelhantes operações intelectuais, contanto que aprendam de modo apropriado à sua idade. Aos 3 anos, elas já têm senso para relações físicas fundamentais e podem definir velocidades associando corretamente caminho a percorrer e tempo. Do mesmo modo, compreendem instintivamente o princípio de Arquimedes, ou seja, o de que um copo só flutua se sua densidade for menor que a da água.
Até mesmo bebês possuem considerável saber básico. Aos 4 meses, distinguem entre quatro ou seis pontos desenhados numa lousa – o primeiro passo para fazer contas. Ainda engatinhando, revelam compreensão matemática quando ordenam seus bichos de pelúcia de acordo com a altura de cada um. Crianças buscam sempre estender essa compreensão intuitiva, mas de forma diferente dos adultos.
“Aprender fazendo” é o princípio que rege os primeiros anos de vida. De forma sistemática, concentrada e, em geral, com a inabalável coerência, os cientistas mirins efetuam experiências ou toda uma série de tentativas das quais extraem teorias que serão corroboradas ou revistas mediante novas tentativas. Depois de jogar para o alto pela centésima vez um tijolinho de Lego – e de vê-lo cair no chão de novo –,a criança sabe que a gravidade existe, embora desconheça o conceito. Estudos comportamentais demonstraram que os pequenos expandem seu saber com tanto maior velocidade quanto mais puderem experimentar por conta própria. Assim, se Piaget tivesse solicitado algumas vezes a seus voluntários que vertessem eles próprios a água de um copo no outro, é possível que a maioria tivesse chegado à conclusão correta.
Neurobiólogos descrevem o cérebro como um sistema dinâmico que, no nascimento, dispõe de um estoque básico de saber prévio e começa, de imediato, a dirigir perguntas ao exterior. Desde o primeiro choro, bebês ocupam-se de descobrir o que se passa em torno deles. Por muito tempo, deu-se como certo que a capacidade de desempenho do cérebro – e, portanto, também o potencial de aprendizado – era predeterminada pela genética, como a cor dos olhos ou dos cabelos. Experimentos com animais demonstraram, porém, que a hereditariedade define tão-somente o equipamento básico para a construção neuronal. O fluxo das informações provenientes dos sentidos e a interação dinâmica e constante com o meio determinarão, a seguir, como o cérebro irá se desenvolver, isto é, o que vamos aprender e que talentos desenvolveremos.
Logo ao nascer, todo ser humano possuiu centenas de bilhões de neurônios, um número que, aliás, sofre ainda pequena redução ao longo da vida. Nos dois primeiros anos, crescem, sobretudo, os apêndices mediante os quais cada célula nervosa envia sinais a milhares de outras. Pontos especiais de contato – as sinapses – transmitem as informações entre as diferentes células. Por intermédio de uma quantidade superior a centenas de trilhões dessas ligações sinápticas, os neurônios se reúnem em redes capazes de se comunicar entre si, mesmo a distâncias maiores.
De início, surgem sinapses em profusão, uniformemente distribuídas. Quando, porém, certos neurônios respondem a estímulos que freqüentemente se manifestam em conjunto, disparando com igual freqüência de forma sincronizada, as sinapses entre tais neurônios se fortalecem e perduram por bastante tempo.
Como um escultor que talha a pedra, dando forma à sua escultura, processos de aprendizado modelam o cérebro dotado de sinapses em excesso. Eles dissolvem conexões pouco utilizadas ou fortalecem as ativas e de uso freqüente. Desde o tatear inicial do bebê, passando pela fala, pelo conhecimento pormenorizado de cada pokémon, até os vocábulos em inglês – tudo que aprendemos altera nossa rede neuronal. Assim, o desenvolvimento das capacidades cognitivas e o do cérebro estão vinculados um ao outro de forma indissociável – e o mesmo se aplica à didática e às neurociências. Apenas em conjunto, elas podem desenvolver novas estratégias de aprendizado apropriadas às crianças, que permitam a educadores reconhecer melhor e estimular os talentos individuais de seus alunos. E os que sabem de que forma e segundo quais condições o cérebro se modifica durante o aprendizado, sem dúvida, poderão ensinar melhor.
Embora o aprendizado jamais tenha fim, as bases do saber futuro são lançadas em grande parte já na infância. A crença de que aquilo que não se aprende em criança tampouco se poderá aprender quando adulto tem fundamento neurobiológico. Afinal, quais neurônios vão se interconectar é algo que sobretudo os primeiros 15 anos de vida irão decidir. Por essa época, estará constituído o diagrama básico dos circuitos formados pelas células nervosas. O amadurecimento do cérebro estará, em grande medida, completo, e definidos estarão, ao menos em linhas gerais, os trilhos que nortearão o pensamento adulto. Depois disso, as redes neuronais ainda seguirão dispondo de certa plasticidade – até idade avançada, sinapses serão fortalecidas ou enfraquecidas por novos estímulos, experiências, pensamentos e ações, o que nos possibilita aprender durante toda a vida –, mas, passada a puberdade, o cérebro se deixa modelar com menos facilidade, e a formação de novas conexões torna-se mais rara. É por essa razão que nossa dificuldade em reter dados novos na memória é tão maior quanto mais tardia sua aquisição.

É DE PEQUENO QUE SE... É essencial estimular sinapses tão cedo e de forma tão variada quanto possível nas crianças – por exemplo, com o auxílio de línguas estrangeiras. Assim, não seria insensato tocar para um bebê que ainda engatinha CDs com histórias em inglês. Ainda que ele mal consiga entender as palavras, a mera audição desenvolverá em diversas regiões do corpo os canais neuronais apropriados à aquisição posterior dessa língua. Uma delas, responsável pela compreensão lingüística, é a área de Wernicke, que diferencia sons humanos e classifica os diversos elementos de um idioma. Ao ouvir, o cérebro infantil está sempre à procura de padrões acústicos que chamem sua atenção. Quando os encontra, ele o armazena na área de Wernicke. Pouco a pouco, tem origem uma memória para os sons das palavras do ambiente lingüístico em questão. Uma criança que se familiarizou desde cedo com os sons de duas línguas irá dispor, mais tarde, de um estoque mais rico em padrões sonoros que outra criada em convívio exclusivo com a língua materna.
Embora o aprendizado jamais tenha fim, as bases do saber são lançadas em grande parte já na infância

No tocante à fala, a região cerebral responsável por ela é principalmente a área de Broca, onde se desenvolve a memória para a pronúncia. A partir da imitação dos sons ouvidos, a criança aprende a ajustar suas próprias manifestações, a diferenciá-las e a classificá-las como componentes da língua. Graças às redes neuronais desenvolvidas em decorrência do contato com a segunda língua, a criança já se familiariza com suas particularidades sonoras. Quando, na escola, ela depara com as primeiras palavras em inglês, seu cérebro pode recorrer àquele circuito. Desse modo, grava novas palavras na memória com maior velocidade e tem também mais facilidade na produção da pronúncia correta. Todo aquele que, desde pequeno, convive com duas línguas fixa a segunda em redes tão estáveis que continuará dominando-a ainda que tenha deixado de utilizá-la por décadas. Isso se aplica a outras áreas também, tais como a familiaridade com os números. Exercícios tão lúdicos quanto a justa divisão de um bolo entre amiguinhos nas brincadeiras cotidianas lançam as bases neuronais da compreensão matemática.

DESCOBERTAS NO PAÍS DOS NÚMEROS
O projeto que desenvolvemos no jardim-de-infância mostra a eficácia do aprendizado “multicanal”. Uma vez por semana, por uma hora, as crianças vivenciam o mundo abstrato e simbólico da Matemática, apresentado como um país atraente e diversificado. Na “Morada dos Números”, por exemplo, elas montam uma casa para cada número de 1 a 10 – cada um com seu número, suas figurinhas, bolinhas e tijolinhos, sempre em quantidade correspondente ao número em questão. Um deles é “Número do Dia”, e sobre seu reino contam-se histórias fantásticas: no reino do 1, por exemplo, só existe um exemplar de cada coisa, as pessoas têm um único olho e um só pé. No “Caminho dos Números”, as crianças conhecem cada número, para o qual há enigmas a resolver, versinhos rimados e danças. Em dez encontros, a maioria aprende brincando muitas das características dos números, enquanto os currículos das escolas reservam boa parte do primeiro ano escolar para esse mesmo propósito.
Neurocientistas explicam esse sucesso com base no fato de que a memória humana funciona por associações. A evocação de um único aspecto basta para trazer à consciência a totalidade da informação armazenada. Assim, quanto mais multifacetada for a transmissão da informação em sala de aula, melhor.

Obs.: Matéria extraída da Revista Viver – mente & cérebro. (Edição n.º 157 – Ano XIV – Fevereiro/2006) Colaboração: Gerhard Friedrich & Gerhard Preiss Na próxima edição, daremos continuidade à matéria sobre Neurodidática. Ilustração: Luiz Cláudio & Patricia Rocha

A Saúde do Internauta
© Rubens Queiroz de Almeida
Navegar na Internet é muito bom. Pode até mesmo virar um vício. De vez em quando ouvimos casos de pessoas que foram internadas porque não conseguiam se desconectar da rede. Talvez esse não seja o seu caso. Mas pare um pouco para analisar o seu comportamento frente ao computador. Comecemos pelo seu braço direito, aquele que normalmente segura o mouse. A mão retesada em cima do mouse. A tensão que começa na mão se estende por todo o braço, chegando até ao ombro. Não raro, após um período prolongado frente ao computador, suas mãos, braços e ombros começam a doer. Se o trabalho se extende por muito tempo sem pausa, a situação fica ainda pior. Dia após dia, trabalhando desta forma, este problema pode se transformar em uma doença muito dolorosa e ainda sem cura, a L.E.R, ou lesão por esforço repetitivo.
A L.E.R. está frequentemente associada a profissionais que usam computadores: programadores, analistas de sistemas, digitadores, operadores de computadores. No tempo da máquina de escrever isto não existia. No computador é possível digitar páginas e mais páginas de texto sem levantar os dedos do teclado. Já a boa e velha máquina de escrever não nos permite isto. A cada 70 ou 80 toques temos que levantar as mãos do teclado para realizar a troca de linha e a cada 60 ou um pouco mais de linhas digitadas temos que trocar de página. Este é o segredo. Frequentemente temos que levantar nossas mãos do teclado e realizar uma tarefa envolvendo um grupo diferente de músculos. O computador não nos força a realizar estas pausas. Temos que ter autodisciplina para estabelecermos períodos de descanso periódicos. Mas isto às vezes fica difícil, pois as atividades que desenvolvemos ao computador são frequentemente tão envolventes que nos esquecemos até de nós mesmos. E ainda por cima, temos a Internet para complicar ainda mais a situação.
Mas este é apenas um dos problemas. Temos também a postura geral frente ao computador. Observe as pessoas trabalhando em computadores: costas arqueadas, pés balançando em cadeiras muito altas, iluminação inadequada e assim por diante. Felizmente para nós, existe até uma ciência que estuda os problemas que as pessoas enfrentam ao ajustarem-se ao seu ambiente de trabalho, a ergonomia. Infelizmente a maioria das pessoas prefere ignorar estes conselhos até que seja tarde demais. De qualquer forma, no artigo de hoje eu vou apresentar alguns conceitos que possam lhe ajudar a evitar problemas de saúde decorrentes do uso intensivo de computadores.
Primeiramente, o mouse. Tente usar o mouse o menos possível. Embora pareça contraditório, é perfeitamente possível usar o teclado para realizar mais de 90% das tarefas em sistemas como Windows ou Linux. Para usuários de sistemas Windows, eu recomendo a leitura do livro
Escaping from the Mousetrap. Além de colaborar para preservar sua saúde, o uso de atalhos de teclado irá aumentar consideravelmente a sua produtividade. Editores de texto em geral possuem inúmeras alternativas para o uso do teclado. Sistemas Linux possuem editores poderosíssimos, como vim e Emacs, que realizam o impossível apenas com o teclado. Para saber mais sobre atalhos de teclado para sistemas Linux, como sempre, não deixe de consultar o Google.
Realmente não é fácil mudar hábitos desenvolvidoss ao longo de muitos anos mas certamente vale a pena. Dê um descanso ao mouse de tempos em tempos. A sua saúde agradece.
Um outro fator diz respeito à radiação a que somos expostos trabalhando com computadores. Na revista Popular Mechanics, de maio de 1993, foi publicado um artigo intitulado Invisible Rays, Hidden Hazards, no qual são feitas considerações sobre o efeito que as ondas eletromagnéticas a que somos expostos hoje em dia podem ter sobre nossa saúde. São abordadas neste artigo dentre outros, linhas de transmissão de energia elétrica, monitores de vídeo e telefones celulares. Ao contrário do que muitos pensam, a maior parte da radiação emitada por monitores de computador e televisores vem da parte traseira e das laterais e não da parte dianteira. Isto significa que quem trabalha tendo a parte lateral ou traseira de um monitor a seu lado está recebendo uma parcela maior de radiação do que quem está trabalhando diretamente em frente ao monitor. Tome cuidado então. As radiações são invisíveis mas podem causar mal à sua saúde. Os monitores de computadores certamente evoluiram muito nos últimos anos, mas ainda tem muita velharia por aí. Fique atento.
As condições de trabalho em geral também são muito importantes. Não raros observamos pessoas trabalharem o dia inteiro na frente de computadores em condições totalmente inadequadas. Para digitar, não raro precisam se submeter a contorcionismos inadmissíveis. O monitor fica em um lado, o teclado em outro. Cuidado com estas situações. Os danos à sua saúde podem ser muito sérios. Algumas recomendações podem ser feitas neste sentido. O monitor deve ficar a uma distância equivalente a um braço de seus olhos. O topo do monitor deve ficar aproximadamente ao nível de seus olhos ou um pouco abaixo. A cada dez minutos lembre-se de olhar para pontos distantes para reduzir a sua tensão visual. Se você tiver problemas para enxergar o que está na tela do monitor, lembre-se que a maioria dos monitores possuem controles que permitem o ajuste do brilho e da intensidade. O ângulo de inclinação dos monitores também pode ser ajustado de forma a reduzir ou eliminar reflexos (que certamente não são muito agradáveis para quem fica em frente a computadores por um período de tempo prolongado).
Ao mover o mouse, use todo o seu braço e não realize o movimento apenas com o pulso. O mouse deve ficar na mesma altura do teclado e o seu manuseio deve ser fácil e confortável. Não coloque o mouse em locais de acesso difícil ou restrito. Fica muito mais barato comprar um móvel adequado do que sofrer o resto da vida com problemas de saúde. Lembre-se também de que ao digitar os seus pulsos devem ficar o mais reto possível. Mantenha os seus antebraços paralelos ao solo. As suas mãos devem flutuar sobre o teclado. Considere a aquisição de um suporte para os pulsos, que se encaixa sob o teclado.
Importante: não se esqueça de realizar pausas em seu trabalho a cada hora e fazer alongamentos. É certo que às vezes ficamos tão envolvidos em nosso trabalho que nos esquecemos de realizar estas pausas tão importantes para a nossa saúde. Existem programas (consultar referências) que podemos instalar em nossos computadores que nos lembram destas pausas ao mesmo tempo em que nos apresentam uma sequência de exercícios de alongamento a serem realizados.
Uma outra alternativa para reduzir problemas ocasionados por trabalho com computadores é a ginástica Lian Gong. Esta ginástica foi criada e desenvolvida em Shangai, na China, no ano de 1974, pelo médico ortopedista Dr. Zhuang Yuen Ming que recebeu do governo de Shangai os prêmios de Pesquisa de Resultado Relevante e Progresso Científico pelo seu trabalho. Atualmente, o Lian Gong é amplamente divulgado para a população chinesa devido aos grandes benefícios resultantes de sua prática.
No Brasil, esta ginástica foi introduzida em 1987 pela professora Maria Lucia Lee, atual presidente da Associação Brasileira de Lian Gong em 18 terapias. A associação tem o objetivo de difundir e aperfeiçoar o ensino do Lian Gong, colocando em prática a idéia de melhoria da qualidade de vida da população brasileira, para isso, abordam o corpo humano não como uma máquina e sim, como um ser vivo global. O Lian Gong, através de exercícios simples e objetivos, restaura a movimentação natural do corpo, eliminando e prevenindo problemas dos tecidos musculares, e restabelece o ânimo.
Neste artigo foram apontados vários problemas que podem, a médio ou a longo prazo, afetar pessoas que, por diversas razões, usem computadores por períodos prolongados de tempo. Juntamente com os problemas foram apontadas algumas soluções. Não deixe de dar a este problema a devida atenção. Os problemas físicos associados a estas atividades são por demais dolorosos e incapacitantes. Pense com carinho em sua saúde.
Referências
Para mais informações sobre o uso do teclado em substituição ao mouse, consultar o excelente livro Escaping from the mousetrap. A tradução significa Escapando da Ratoeira, por sinal bastante adequado. Este livro está disponível
gratuitamente na Internet. Uma cópia do livro, no formato PDF, pode ser baixada do site do IDPH. Recomendamos sempre consultar o site do autor para obter as versões mais recentes e atualizadas. Neste mesmo site existem também vários outros tutoriais, de excelente qualidade, sobre o uso da Internet e diversos outros aplicativos.
Mais informações sobre a ginástica Liangong podem ser obtidas
consultando o Google. Aumentou enormemente no Brasil a popularidade desta ginástica e consequentemente, o número de opções disponíveis para os interessados.
O livro
Alongue-se, escrito por Bob Anderson, contém séries específicas para alongamento no trabalho. Existe também um livro específico sobre alongamento no trabalho, do mesmo autor, chamado Alongue-se no Trabalho. Ambos os livros são publicados pela Editora Summus.
Para se lembrar de fazer as pausas para alongamento, recomendamos alguns programas:
Past Tense, para sistemas Windows
WorkRave, para sistemas Linux
Busca no Google para softwares para alongamento em
inglês e Português
Para mais informações sobre a L.E.R, consultar os seguintes sites:
L.E.R - Lesões por Esforço Repetivivo
Exercícios podem prevenir Lesão por Esforço Repetitivo
A Ergonomia que Funciona
A Patient's Guide to Carpal Tunnel Syndrome
Protecting Your Child From Repetitive Stress Injuries
RSI Injury Prevention - Manual Handling Techniques
A Patient's Guide to Carpal Tunnel Syndrome


A CORRETA ESCOLHA DO MATERIAL DIDÁTICO

Rosana Palmieri

Prezado leitor, na hora de estudar, existem várias possibilidades de escolha de material didático, o que geralmente fica sob a responsabilidade da escola ou do professor. Como hoje em dia há uma quantidade muito grande de opções de material didático para o ensino da língua inglesa, às vezes se torna difícil esta escolha. Dentre as editoras internacionais, americanas ou britânicas, podemos afirmar que um bom material deve reunir elementos que permitam ao estudante desenvolver as quatro habilidades - compreensão e expressão escritas e compreensão e expressão orais - e, sobretudo, servir de estímulo para comunicação oral. Para tal, existem livros que oferecem suporte de áudio por meio de fita-cassete ou CD, recursos de multimídia e de vídeo, além de dicas de sites na Internet. A reunião destes recursos permite um estudo pessoal, além da sala de aula, para fixação e prática das estruturas aprendidas. Quanto maior a exposição ao idioma e maior a dedicação, mais rápido obter-se-á um resultado positivo. Portanto, todos os recursos extra-aula oferecidos nos métodos modernos de ensino devem ser levados em consideração. Além das estruturas gramaticais e lingüísticas, o material didático deve mostrar também a cultura da língua, pois a aquisição do idioma não se limita somente à escolha do bom material, mas sim à interação em situações reais do convívio humano. Ele deve também proporcionar ao professor condições para criar situações de comunicação real para os alunos e deve levar sempre em consideração as diferentes áreas de interesse. Por exemplo, se um aluno é um executivo de uma empresa onde há necessidade de fazer apresentações sobre o trabalho em inglês, o material deverá ajudá-lo a desenvolver esta habilidade. O material tem que proporcionar ao treinando a oportunidade dele colocar em prática o conhecimento passivo contido nas regras de aprendizado. O livro deve privilegiar a assimilação natural do idioma ao estudo formal, o que em Lingüística Moderna é chamado de "Language Acquisition".


ENSINANDO COM A LINGUAGEM DO CÉREBRO
por RICHARD BOLSTAD

PROFESSORES PRECISAM MAIS DO QUE O CONHECIMENTO DE SUAS MATÉRIAS

Entre os anos 50 e 80, a psicóloga Virgínia Satir era uma das pessoas mais influentes no desenvolvimento do novo campo de Relações Humanas. Frequentemente chamada a avó da Terapia Familiar, Satir auxiliou milhares de casais e famílias a resolver velhos conflitos, e criar uma vida em comum mais prazeirosa. No seu campo ela era uma especialista, mas Satir tinha um problema - ela não conseguia ensinar o que ela fazia para os outros. Centenas de pessoas eram treinadas por ela, mas quando eles deixavam seus seminários, normalmente não tinham habilidade de copiar o que ela tinha feito.
Um dia Satir estava demonstrando frente a um grupo de estudantes de psicoterapia. Ela parou de falar com o casal com o qual estava trabalhando, e perguntou se algum dos estudantes poderia continuar, usando seus métodos. Um por um, os estudantes tentaram auxiliar o casal, mas nenhum deles parecia saber como Virginia escolhia o que dizer. No fundo da sala, um jovem estava gravando a sessão de treinamento. Ele era Richard Bandler, um programador de computador e estudante de lingüística na Universidade da Califórnia e não tinha treino algum em psicologia. Finalmente, após os estudantes de Satir terem falhado, Bandler veio à frente da sala e ofereceu-se para falar com o casal. Surpreendentemente ele parecia saber exatamente como Virginia estava construindo suas questões e sugestões para o casal. Ouvindo-o era como ouvi-la. Os psicoterapeutas estavam perplexos. Quem era este jovem e como tinha ele apreendido tão precisamente o método de Virgínia Satir ?
Em 1976 Richard Bandler e o professor de lingüistica John Grinder escreveram o primeiro de vários livros explicando suas descobertas sobre comunicação, mudanças em pessoas e ensino.
O primeiro livro deles, chamado A Estrutura da Magia (Bandler e Grinder, 1977) explicava que, pelo entendimento das "linguagens" internas do cérebro (neurolingüística) qualquer um poderia aprender a atingir os excelentes resultados dos melhores comunicadores, professores e terapeutas. Antes da publicação Bandler e Grinder mostraram cópias de seus livros aos especialistas, cujas habilidades eles modelaram, pessoas como o médico hipnoterapeuta Milton Erickson, o antropólogo Gregory Baterson e certamente Virginia Satir. Os comentários de Satir, que citarei adiante, transmitem o arrebatamento que professores em todo mundo tem relatado desde então, de como eles apreenderam, a "estrutura da magia" da Programação Neurolingüística.



O QUE A PNL OFERECE AOS PROFESSORES
Para os professores a PNL oferece três importantes benefícios:
1- Fornece um novo modelo de como as pessoas aprendem. O exato entendimento da forma como o cérebro trabalha pode ser comparada a um "Manual do Usuário" de um computador.
Sem o manual você sabe que o computador tem uma vasta memória e pode fazer coisas admiráveis. Se você fica "tentando cegamente", você eventualmente acaba "tropeçando" nestas coisas admiráveis. Mas com o manual você pode escolher exatamente o que você pode fazer, e ter o computador operando perfeitamente todas as vezes.
Em PNL, nós sabemos os programas (ou estratégias, para usar um termo da PNL) nos quais excelentes estudantes tropeçaram acidentalmente: a estratégia que soletradores exímios usam para memorizar palavras; a estratégia que leitores entusiastas usam para ler rapidamente seus livros em uma fração do tempo e assim por diante.
2- Todavia, o ser humano é mais do que um computador.
Aprender e criar funcionam melhor quando a mente do estudante está livre da distração, quando está em estado de calma e alerta quase meditativos. Pesquisas mostram que conseguindo que os estudantes relaxem no inicio de cada sessão de estudo, o seu rendimento aumentará 25%. A PNL nos fornece algumas maneiras notáveis de colocar os estudantes rapidamente naquele estado.
3- Se a PNL apenas nos desse estas novas poderosas formas de aprendizado para os estudantes, ela já teria merecido seu lugar no centro da revolução da aprendizagem. Mas a PNL fornece também um modelo inteiramente novo do que é o ensino, de como os professores mais eficazes são hábeis em criar o senso de "rapport" com seus estudantes, de motivá-los e inspirá-los a alcançar o seu melhor. Num mundo onde o professor compete com a TV, o vídeo-game e a cultura popular pela atenção do estudante, isto não é pouco. A PNL mostra como utilizar cada um de seus movimentos e cada uma de suas palavras de maneira que ajudem você a conseguir que seus estudantes acreditem e se tornem famintos de aprender.
A PNL não é uma técnica; é uma centena de técnicas no contexto adequado, que faz com que elas tenham sentido. Este artigo dá apenas uma amostra das idéias das quais você pode tirar vantagem.

O SENTIDO DA APRENDIZAGEM
Aqui vai uma simples experiência que explica o modelo da PNL, de como funciona a sua neurologia (ou para usar um termo menos formal, seu "cérebro").
Pense em um limão fresco. Imagine um agora em sua frente, e sinta como é pegá-lo em sua mão. Pegue uma faca e corte uma fatia e ouça o leve som do suco escorrendo. Cheire o limão, enquanto você leva a fatia até sua boca e dê uma mordida. Sinta o gosto ácido da fruta. Se você na realidade se imaginou fazendo isso, sua boca está agora salivando. Por que ? Porque seu cérebro seguiu suas instruções e pensou, viu, ouviu, sentiu, cheirou e provou o limão. Seu cérebro "tratou" o limão imaginário como se ele fosse real, e preparou a saliva para digeri-lo. Ouvindo, olhando, sentindo, cheirando e provando são as "linguagens" naturais da sua neurologia. Quando você usa estas linguagens, sua neurologia considera o que você está pensando como "real".
No passado alguns professores pensavam que aprender era apenas uma questão de "pensar" sobre o assunto, de usar palavras. Mas quando estudantes aprendem, eles estão usando os 5 sentidos básicos, assim como a 6a. linguagem do cérebro - as palavras. Na PNL as seis linguagens do cérebro são chamadas de :

VISUAL (vendo as imagens)
CINESTÉSICA (K) (sentindo as emoções do corpo)
AUDITIVA (ouvindo os sons)
OLFATIVA (cheirando fragrâncias)
GUSTATIVA (provando os gostos)
AUDITIVA-DIGITAL (pensando em palavras ou conceitos)
Alguns estudantes usam muito pensar em palavras (auditivo-digitais). Eles querem saber a "informação" que você está lhes dando. Mas para outros estudantes, poderem "ver a imagem" do que você está lhes mostrando (visual) é mais importante. Outros quererão "sintonizar com os temas principais" contidos nas suas palavras (auditivos) ou "agarrar-se com a lição" e "trabalhar vivenciando os exemplos" (cinestésico). Se você ouvir as palavras que os estudantes usam, na realidade elas lhe dirão quais são os seus sistemas sensoriais favoritos para representar sua aprendizagem (chamado em PNL de Sistema Representacional Preferido). Professores eficazes aprendem "a falar em cada um dos sistemas representacionais" (Bolstad et alia, 1992 p.72).
A PNL dá a você inúmeras formas para alcançar os estudantes que você tem em sala de aula. Se há alguns de seus alunos que parecem não aprender, você pode não estar ensinando no sentido em que eles pensam. Por exemplo, para atingir os visuais você poderá escrever as palavras na parte superior do quadro e desenhar mais diagramas. Para atingir os auditivos, você pode escolher mais discussões e usar música. Cinestésicos gostam de se movimentar (você provavelmente já os notou) e eles gostarão de serem aproveitados em atividades como dramatizações.
Você pode ajustar sua linguagem para combinar com cada um dos sentidos principais (se você não percebe isso, você pode estar perdendo uma chance importante de sintonizar com alguns de seus alunos mais "desafiantes"). Quando você usa todos os três sentidos mais importantes em sua sala de aula, os cérebros de seus alunos serão mais profundamente ativados. Eles ficarão sedentos de seus ensinamentos, tal qual sua boca salivou por aquele limão.

O SENTIDO ADEQUADO PARA O TRABALHO
Como os poliglotas (pessoas que falam freqüentemente várias línguas) lembram entre uma dúzia de idiomas de que língua provém cada palavra? É mágica? No passado muitas pessoas tinham como certo de que havia algo diferente na neurologia do poliglota, algo que os fazia naturalmente mais hábeis para guardar cada língua em separado. Hoje, estudos de PNL (Dilts e Epstein, 1995 p.222) mostram que os poliglotas prestam especial atenção aos seus sistemas sensoriais auditivos e cinestésicos. Eles usam um tom de voz e um conjunto de posturas corporais diferentes para cada idioma. Alguém que usa apenas o sistema visual (e tenta ver cada palavra que dizem como se ela estivesse escrita) não vai achar tão fácil tornar-se fluente em vários idiomas.
Assim como o software Windows pode ser instalado em qualquer computador compatível, assim a "estratégia" que os poliglotas usam pode na realidade ser instalada em qualquer outra pessoa. Se é possível na neurologia de uma pessoa, é possível na de qualquer uma. Tudo que precisamos saber é exatamente que distinções sensoriais a primeira pessoa usa, e em que seqüência. Para "instalar" uma nova estratégia, a PNL usa uma série de descobertas inéditas sobre o que acontece quando uma pessoa usa cada sistema sensorial. Por exemplo, nós usamos o fato de que os olhos de uma pessoa se movem diferentemente dependendo através de que sentido ela está obtendo a informação.
A facilidade com que uma nova estratégia pode ser instalada é demonstrado por uma pesquisa feita na Universidade de Moncton no Canadá (Dilts e Epstein, 1995 p.409). Aqui a quatro grupos de soletradores médios pré-testados, foi dado o mesmo teste de soletração (usando palavras inventadas sem sentido e desconhecidas para eles). Cada grupo tinha instruções diferentes.
Grupo A: simplesmente aprender as palavras.
Grupo B: visualizar as palavras como método de aprendê-las.
Aos outros dois grupos C e D, a instrução era olhar em uma certa direção enquanto eles visualizavam.
Grupo C: olhar para cima à esquerda (posição dos olhos que segundo a PNL auxilia a memória visual).
Grupo D: olhar para baixo à direita (posição dos olhos que segundo a PNL auxilia a sentir cinestesicamente, mas pode esconder a visualização).
O grupo A teve o mesmo rendimento que seu pré-teste. O grupo B rendeu 10% a mais. O grupo C rendeu 20 a 25% a mais. O grupo D teve resultado 15 % pior!.
Este estudo confirma 2 asserções da PNL:a) a direção para onde o aluno dirige os olhos, decide qual o sistema sensorial em que ele vai efetivamente processar a informação.b) visual recordado é o melhor sistema sensorial para aprender a soletrar em inglês.
Mais do que surpreendente, isto demonstra que os estudantes podem ser ensinados com sucesso (em 5 minutos) a usar uma estratégia sensorial mais eficaz. Para um estudante cinestésico com um desempenho medíocre em soletrar, isto trará um resultado positivo imediato de 35 a 40%. Curiosamente em um teste final, algum tempo depois (um teste de retenção de aprendizado), os resultados do grupo C permaneceram constantes, enquanto os resultados do grupo A caíram 15%, uma queda consistente com os estudos de padrão de aprendizagem. A diferença final na memória entre os dois grupos foi de 61%.
Da mesma forma, qualquer estratégia de aprendizado pode ser "modelada" de estudantes excelentes e ensinada a outros num tempo mínimo.

O ESTADO EM QUE A APRENDIZAGEM OCORRE NATURALMENTE
Pesquisas mantém a crença de especialistas de aprendizagem acelerada que a habilidade dos estudantes para memorizar novas informações aumenta mais de 25% apenas levando-os ao estado de relaxamento (ex. Jensen, 1994 p.178). Aprender novas informações não é tanto o resultado de um esforço concentrado pela mente consciente, mas muito mais o resultado de uma atenção relaxada, quase inconsciente. Crianças aprendem canções infantis e canções dos comerciais da TV não estudando-as conscientemente, mas apenas porque elas estão relaxadas enquanto elas as ouvem. Você anda de bicicleta, não pensando sobre o equilíbrio a cada momento, mas confiando em suas respostas inconscientes.
O que a PNL oferece ao professor é a habilidade para, sem resistência e rapidamente, levar os alunos a este estado de relaxamento. As habilidades da PNL que alcançam isto foram modeladas do hipnoterapeuta Milton Erickson. Elas são similares às técnicas desenvolvidas em Sugestologia do hipnoterapeuta Georgi Lozanov. Um Practitioner de PNL aprende a falar de tal forma que os estudantes relaxam sem ter que usar as técnicas formais de relaxamento ("você está ficando cada vez mais relaxado, seus pés.....etc."). O resultado é como ligar a memória de seus alunos na 1a. marcha nos primeiros minutos em sala de aula. (Veja Bolstad et alia, 1992 p.33, para um exemplo deste processo de relaxamento.)
Uma das formas básicas que a PNL usa para colocar os estudantes dentro deste estado mental é a ancoragem. Aqui temos um exemplo do que eu considero ancoragem. As vezes quando você está ouvindo rádio, você ouve uma canção que não ouvia há anos, uma canção que foi sua favorita há muito tempo atrás. Ao ouvi-la, todas as sensações daquele tempo podem voltar, até o som das velhas vozes e as imagens daqueles lugares preferidos podem ressurgir. "A âncora" da canção levou você de volta àquele "estado". Da mesma forma, quando você volta a visitar sua antiga escola, a âncora traz de volta a sensação de ser de novo estudante (nem sempre tão positiva, como no caso da canção!).
Uma vez entendido este processo, você poderá projetar âncoras poderosas que farão com que instantaneamente seus estudantes sintam-se confiantes, curiosos e ávidos por aprender. Até tocar a mesma música no início de cada uma de suas aulas auxiliará seus alunos a atingirem rapidamente aquele estado mental adequado para o assunto. (Bolstad et alia 1992, p.24)

COMUNICANDO SEU ENTUSIASMO PELO APRENDIZADO
No início deste século, vendedores bem sucedidos foram considerados como se tivessem um carisma inexplicável, um magnetismo pessoal, que fazia com que os outros comprassem deles. Nós agora sabemos que este carisma pode ser ensinado. Que quando novos executivos aprendem a linguagem corporal e os padrões verbais de vendedores de sucesso, suas próprias vendas começam a crescer.
No passado, este tipo de habilidade não estava disponível para os professores. Minha crença como trainer de PNL é que os professores tem ainda mais direito de serem habilitados para motivar pessoas do que o pessoal de vendas. Assim como nenhuma organização moderna deixaria seu pessoal de vendas sem treinamento nesta área, nenhuma escola pode dar-se ao luxo de não ensinar seus professores como motivar os alunos. Em um certo sentido, nós vendemos o futuro. A vida que nós e nossas crianças usufruiremos depende da nossa habilidade de inspirará-los e entusiasmá-los com o prazer de aprender.
A PNL está continuamente desenvolvendo e expandindo novas técnicas de ensino como metáforas, ancoragem corporal baseada em música e mapas mentais. Mas a PNL é muito mais do que "a mais importante caixa de ferramentas da comunicação da década" (Jensen, 1994). É toda uma nova forma de pensar sobre ensino em particular e comunicação em geral. Nesta nova forma, ensino é um processo de "construir rapport e então liderar" (Bolstad et alia, 1992 p.78).
Rapport é o sentimento de compreensão compartilhada que bons amigos e colegas de trabalho constróem às vezes. Resulta numa legitima ânsia para cooperar e seguir a liderança de outros. Se você se lembrar do tempo em que admirava de fato um professor e divertia-se na aula dele, você conhece o sentimento de rapport. Você provavelmente tornou-se interessado nas coisas em que seu professor estava interessado, e era altamente motivado a seguir às sugestões dele.
O rapport é criado ao igualar o comportamento de seus estudantes. Isto significa praticar atividades junto com eles, usando exemplos que já são interessantes para eles, usando seu sistema sensorial preferido. Quando você os ensina, usando gestos e posições corporais similares as deles, ajustando sua voz a uma velocidade e tom semelhantes e até respirar no mesmo ritmo. Se estas coisas lhe parecem um pouco estranhas no início, note que você faz isso naturalmente com seus amigos mais íntimos. Sempre que as pessoas constroem o rapport, elas igualam cada uma o comportamento da outra
Liderança é o processo de levar os estudantes a seguirem suas sugestões. Se você está em rapport, os estudantes farão isto facilmente. Antes, os professores diziam que os estudantes que não seguiam suas sugestões, eram estudantes "resistentes" ou "desobedientes". Faz mais sentido dar-se conta que quando os estudantes não seguem a liderança, significa apenas que eles ainda não estão em rapport suficiente com você. Isto é algo que você pode mudar, quando você aprender as habilidades de rapport da PNL.
Professores de sucesso são também hábeis em usar elegantemente sua linguagem levando os estudantes a aprender e mudar. Quando estudamos professores habilidosos, descobrimo-los usando sua linguagem com cuidado para criarem o tipo de representações internas (imagens/sons/sensações/etc.) que eles desejam que seus alunos tenham. Afim de entenderem o que você diz, seus alunos fazem uma representação interna de suas palavras.
Aqui está um exemplo. Se eu digo a vocês: "Não pensem em um limão suculento!", a fim de compreender minha sentença, você, primeiro faz uma representação interna de um limão suculento. Se eu acrescento: "Agora não sinta o gosto forte deste limão!"- suas bocas podem começar a salivar - embora eu tenha dito que não fizessem isso. Quando os professores dizem: "Não esqueçam seu dever de casa!", os alunos tem que imaginar esquecê-lo. Seus cérebros estarão mais predispostos a esquecer. Se você quer sugerir que seus alunos façam seu dever de casa, o errado é dizer: "não esqueçam", enquanto que o certo é: "Lembrem seu dever de casa".
Professores hábeis estruturam cada uma de suas palavras de forma que elas produzam a representação interna que eles desejam que seus alunos tenham. Esta arte, chamada "SUGESTÃO" em hipnose, é muito poderosa. Contudo, não quero sugerir que vocês agora aprendam sugestão, porque vocês podem fazer isso quando lerem o próximo livro de PNL.
Ressignificar (mudar o significado de uma experiência descrevendo-a de forma diferente) e metáforas (contar historias para oferecer aos estudantes novas opções) são outros exemplos de como professores hábeis usam sua linguagem para fazer com que os estudantes criem representações internas úteis (O'Connor & Seymour, 1996, p.183). Por exemplo, muitos estudantes acreditam que quantos mais erros cometem, pior é o seu aprendizado. Como metáfora, seguidamente eu lhes conto sobre Thomas Edison, que tentou 10 mil maneiras diferentes antes de encontrar aquela que faria a lâmpada elétrica funcionar. Ele dizia que isto foi a chave da sua brilhante invenção; que ele estava disposto a encontrar 9.999 maneiras que não fariam funcionar a lâmpada. Erros são o segredo do gênio! (A última frase é uma "ressignificação". Ela muda o significado dos "erros".)

PNL: UM NOVO CAMPO EUMA FERRAMENTA PARA NOSSA PROFISSÃO.
Ao ler as descrições acima, você pode pensar "Bem, eu já faço algo disto." Isto é parte de porque a PNL é tão poderosa. A PNL o auxiliará a identificar o que você já faz bem, e assim poderá repeti-lo até com os estudantes mais difíceis e com os assuntos mais desafiadores.
E é por isso que Virgínia Satir, uma das primeiras professoras estudadas pela PNL, disse em sua apresentação na "Estrutura da Magia" (Bandler e Grinder, 1977): "seria difícil para mim escrever esta apresentação sem deixar transparecer meu próprio sentimento de entusiasmo, espanto e emoção. Há muito tempo sou professora de Terapia Familiar e também me dedico à clínica e à teoria do assunto. Isto significa que tenho visto ocorrerem modificações em muitas famílias, e estive envolvida no treinamento de muitos terapeutas familiares. Tenho uma teoria sobre como faço a mudança ocorrer. O conhecimento do processo foi agora admiravelmente avançado por Bandler e Grinder, os quais podem falar, de um modo que pode ser concretizado e medido sobre os ingredientes do que entra para tornar o como possível." (Satir in Bandler e Grinder, 1977, p.12).

BIBLIOGRAFIA:1.Richard Bandler and John Grinder, A Estrutura da Magia, Ed. Guanabara Koogan, 1977.2.Richard Bolstad, Margot Hamblett, Te Hata Ohlson and Jan Hardie, Communicating Caring, Longman Paul, Auckland, 19923.Thomas Cleary, The Japanese Art of War, Shamballa, 1992.4.Robert Dilts and Todd Epstein, Dynamic Learning, Meta Publications, Capitola, 1995.5.Eric Jensen, The Learning Brain, Turning Point for Teachers, 1994.6.Joseph O'Connor and John Seymour, Treinando com a PNL, Summus Editorial., 1996.

Richard Bolstad é Trainer de PNL na Nova Zelândia.Contatos:26 Southampton StreetChristchurch, Nova ZelândiaE-mail:nlp@chch.planet.org.nzFone: (64-3) 337-1852http://www.cybermall.co.nz/nz/nlp